A necessidade de modernizar os processos financeiros vem incentivando a transformação no mercado de pagamento business-to-business (B2B). Segundo um estudo da Jupiter Research, as transações B2B devem movimentar aproximadamente R$570 trilhões globalmente até 2027, representando uma parcela significativa da economia.
O Pix automático e as demais novidades financeiras chegaram para simplificar pagamentos entre organizações e transformar drasticamente um cenário antes marcado pela burocracia, defende Paloma Oliveira, Coordenadora Administrativa da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para companhias. “O pagamento via QR code também contribui nesse sentido. Essas tecnologias agilizam transações, reduzem custos, aumentam a transparência e facilitam a gestão financeira. Antes, as empresas precisavam lidar com múltiplas transações bancárias para pagar fornecedores; agora, esse processo está muito mais simples”, defende.
Métodos de pagamento tradicionais, como transferências bancárias via TEC e DOC (descontinuados em 2024 pelo desinteresse dos brasileiros), cheques e boletos, apresentavam várias limitações: tempos de processamento longos, altas taxas de transação e a necessidade de conciliação manual, o que tornava o processo mais suscetível a erros e fraudes.
“Devido aos altos valores envolvidos, a complexidade dos pagamentos B2B exige atenção especial para garantir que todas as operações sejam realizadas sem erros e registradas detalhadamente. Etapas como autenticação, assinatura, registro e emissão de documentos fiscais são fundamentais nesse processo complexo”, analisa Paloma.
Ainda segundo o estudo, os pagamentos instantâneos representarão 42% de todas as transações internacionais até 2028, um crescimento significativo em comparação aos 17% previstos para 2024. “Para empresas que buscam eficiência operacional, as novas soluções de pagamentos B2B são estratégicas, pois eliminam processos manuais e repetitivos, além de garantir maior controle e previsibilidade financeira”, completa a executiva.
Além dos pagamentos instantâneos, hoje já existem plataformas integradas diretamente aos ERPs das empresas; fintechs que oferecem soluções de crédito e financiamento B2B com menos burocracia; sistemas de digitalização de faturamento por plataformas de e-invoicing que emitem, enviam e recebem faturas eletrônicas; e as carteiras digitais e aplicativos, como PayPal e Google Pay, que facilitam transações rápidas e pagamentos nacionais e internacionais.
“Acompanhar a evolução dos meios de pagamentos mostra com clareza a intensidade da competitividade do ambiente corporativo, tornando os negócios mais dinâmicos, inovadores e fluidos”, finaliza Paloma.
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