Com um ecossistema em profunda ascensão, empresas de tecnologia financeira têm conduzido a economia brasileira para uma posição de destaque mundial. De acordo com os últimos dados da Distrito Fintech Reports, o Brasil se destaca como um dos principais pólos de investimento em fintechs na América Latina, ocupando a quarta posição no ranking global, atrás apenas de Estados Unidos, China e Reino Unido. Para se ter uma ideia, só no ano passado, o país atingiu a marca de US$ 4,5 bilhões em investimentos no setor.
Além disso, segundo dados da Febraban, o Brasil registrou um índice de oito em cada dez transações financeiras realizadas de forma digital em 2023, marcando um crescimento de 30% em relação a 2022. Esses números não apenas evidenciam a rápida adoção da tecnologia financeira pela população, mas também posicionam o país como pioneiro na vanguarda da transformação digital mundial, impulsionada pela crescente interação dos consumidores com os serviços financeiros digitais e demandando das empresas uma constante inovação e adaptabilidade para se manterem competitivas.
Para Marcelo Modesto, CEO e fundador da Avivatec, consultoria brasileira de tecnologia e inovação especializada em negócios que tem despertado interesse de investidores do setor, a revolução financeira em curso no Brasil redefine não apenas a operação das instituições financeiras, mas também evidencia um ambiente propício para inovação e crescimento.
“O mercado de tecnologia financeira proporciona um ambiente favorável para o crescimento das empresas devido a uma série de fatores. Desde a implementação do Pix pelo Banco Central, que impulsionou a digitalização das transações financeiras, até a oferta de soluções inovadoras e personalizadas, que atendem às necessidades de diferentes nichos de mercado. O volume crescente de investimentos em fintechs brasileiras demonstra essa confiança no potencial do setor.”, comenta o CEO e fundador da Avivatec.
Outro ponto importante é que o setor tem oferecido soluções mais eficientes e com custos menores para as empresas, enquanto a integração com APIs tem facilitado a automatização de processos financeiros. Somado a isso, o acesso a dados e insights valiosos permitem que as empresas tomem decisões mais estratégicas, impulsionando ainda mais seu crescimento. No Brasil, uma cultura de inovação crescente tem incentivado o surgimento de novas soluções, alimentando ainda mais o ecossistema de tecnologia financeira.
O engajamento do mercado, dos consumidores e do Banco Central tem sido fundamental para impulsionar a transformação digital do setor financeiro brasileiro. O desenvolvimento do DREX (Real Digital), que ainda está em fase de testes, por exemplo, promete revolucionar as transações financeiras, tornando-as mais eficientes, seguras e transparentes. Pesquisas recentes, como a realizada pela XP/Ipespe em 2024, mostram que 60% dos brasileiros acreditam no sucesso do Real Digital, com 42% manifestando interesse em utilizar a moeda digital assim que estiver disponível.
“Esses elementos estão impulsionando o desenvolvimento do setor. Segundo um relatório da KPMG, o futuro da tecnologia financeira no país é moldado por cinco forças fundamentais: cliente, competição, produto, tecnologia e regulamentação. E nesses pontos o Brasil tem proporcionado soluções mais robustas e com custos menores.”, comenta Marcelo Modesto.
O expressivo investimento em fintechs brasileiras é uma realidade incontestável. Segundo dados da Distrito, estima-se que o país destine aproximadamente US$ 5,2 bilhões ao setor até o final de 2024, cerca de 15% a mais em relação ao ano passado. A Avivatec, por exemplo, tem a expectativa de adquirir empresas do segmento ainda este ano.
“Essa tendência de crescimento nos investimentos não só evidencia o potencial de crescimento e inovação do país nesse setor, mas também fortalece o ecossistema financeiro brasileiro em sua totalidade.”, conclui.
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