Usar criptomoedas para pagar o almoço já é possível no Brasil
- Fincatch

- 15 de out.
- 2 min de leitura

Durante muito tempo, a crítica mais repetida sobre as criptomoedas era de que não serviam para pagar nada. Em 2021, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que “ninguém comprava um sanduíche com bitcoin”. O comentário resumia bem o sentimento de boa parte do mercado: as moedas digitais podiam ser ativos de investimento, mas estavam longe de funcionar como meio de pagamento.
Quatro anos depois, essa ideia começa a mudar. A OnilX, exchange brasileira focada em soluções de pagamento com ativos digitais, lançou nesta semana o Crypto Card OnilX, um cartão que permite usar criptomoedas em compras comuns, do almoço no restaurante à passagem aérea, sem que o estabelecimento precise lidar com cripto diretamente.
Segundo Fábio Lino, presidente da OnilX, o sistema faz a conversão automática das moedas digitais em reais no momento da compra, dentro da conta do usuário. “A rede de processamento que liquida a transação recebe a taxa normalmente e o lojista continua recebendo em reais. Para eles, nada muda”, explica.
O modelo funciona de forma semelhante a um cartão tradicional, mas com saldo em criptomoedas. O usuário pode, por exemplo, manter seus valores em Tether Dólar (USD), uma stablecoin pareada ao dólar americano, e, ao passar o cartão, o valor é convertido em reais instantaneamente.
“Construímos nossa própria tecnologia para oferecer mais segurança, velocidade e flexibilidade. Isso nos permite adaptar o produto ao mercado brasileiro e ampliar as funcionalidades de forma contínua, sem depender de terceiros”, afirma Lino.
Ao contrário de soluções internacionais que operam de forma limitada no Brasil, o sistema da OnilX foi desenvolvido com infraestrutura local, integração bancária e suporte em português. A empresa também afirma seguir as regras de compliance exigidas pelo Banco Central e órgãos reguladores.
A novidade faz parte de um movimento maior: o de aproximar o universo das criptomoedas da rotina financeira das pessoas. Se antes o uso era restrito a investidores ou entusiastas da tecnologia, agora começa a ganhar espaço no consumo cotidiano.
.png)



















Comentários