Será que está chegando a hora de aposentar a sua boa e velha carteira física? Atualmente, estudos apontam que mais de 3 milhões de pessoas já investem em moedas virtuais no Brasil. Atualmente, os ativos digitais já são uma realidade e são adotados por grande parte da população global para realizar investimentos, transferências instantâneas de valor entre indivíduos, empresas e até mesmo países, eliminando intermediários e reduzindo custos.
Inspirado nesse novo modelo, o Banco Central do Brasil (BC) vem desenvolvendo ações e testes voltados para a emissão em formato digital do real brasileiro. Primo do famoso Pix, o Drex foi inicialmente apelidado de real digital, e já tem previsão de lançamento.
Com a criação, o BC tem como objetivo dinamizar e digitalizar as transações e processos financeiros cotidianos, sem a utilização do dinheiro em espécie. O Drex vai ser totalmente rastreável, aumentando a segurança dos seus compradores por meio de criptografia avançada. Outra função da moeda é a diminuição do custo de operações bancárias e aumentar o contingente de pessoas no mercado financeiro.
Como vai funcionar o Drex?
As pessoas terão acesso ao Drex a partir de contas digitais de instituições financeiras e aplicativos de pagamento. Será possível fazer conversão da moeda física para digital, com 1 drex valendo R$1,00. A diferença entre o Pix e o Drex é que o primeiro é apenas uma forma de transação, enquanto o Drex é de fato uma moeda digital.
Por estar totalmente sob a responsabilidade do BC, o Drex não é considerado uma criptomoeda. Apesar de utilizar a tecnologia blockchain, a nova moeda não segue o padrão de gestão descentralizada, característica comum das criptomoedas.
Ainda em estágio de experimentação, as simulações com Drex serão iniciadas em setembro deste ano. De acordo com o Banco Central, o lançamento está previsto para o final de 2024 ou início de 2025.
Como posso acessar o Drex?
Após o lançamento, o consumidor só poderá acessar o Drex como uma moeda de atacado, trocando entre instituições financeiras. Embora seja permitido fazer operações, o cliente não terá acesso a moeda, ela ficará em sua carteira digital.
Com a supervisão do BC, as carteiras serão monitoradas pelos bancos, instituições, cooperativas e corretoras. No período de teste, o BC recebeu 36 propostas de instituições interessadas. Mas, o Comitê Executivo de Gestão (CEG) selecionou 16 empresas e consórcios. Conheça elas:
Bradesco, Nuclea e Setl
Nubank
Banco Inter, Microsoft e 7Comm
Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
Itaú Unibanco
Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
Caixa, Elo e Microsoft
SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
XP, Visa
Banco BV
Banco BTG
Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft
Banco B3, B3 e B3 Digitas
Consórcio ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial
Banco do Brasil
Qual é a diferença entre criptomoedas e moedas digitais?
As criptomoedas são um tipo específico de moeda digital que utiliza tecnologia de criptografia para garantir a segurança das transações e a criação de novas unidades. Já as moedas digitais abrangem qualquer tipo de dinheiro eletrônico, incluindo criptomoedas, mas também outras formas de pagamento digital, como cartões de crédito e sistemas de pagamento online.
Além disso, o ato de investir em criptomoedas oferece a possibilidade de retornos financeiros, muitas criptomoedas têm experimentado valorizações significativas ao longo do tempo. Além de permitir transações rápidas e globais, sem intermediários ou taxas elevadas, essa moeda oferece a oportunidade de diversificar uma carteira de investimentos, adicionando um ativo digital com potencial de crescimento a longo prazo.