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- Fake news do Pix distorce debate sobre PCC e mercado financeiro, alerta especialista da FGV
A recente circulação de conteúdos associando investigações da Polícia Federal contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) a uma suposta “fake news do Pix” em 2025 tem gerado confusão no debate público. Para Lilian Carvalho, PhD em Marketing e coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP, o risco é transformar um tema de alta complexidade em ruído político, sem aderência analítica ou relevância para regulação, governança corporativa e investidores institucionais. “A tentativa de explicar um fenômeno de 2020–2024 por uma ‘fake news do Pix’ que ganha tração em 2025 fere a precedência temporal, requisito mínimo de causalidade. Sem mecanismo plausível, a hipótese cai no anacronismo retórico: reinterpreta o passado para enquadrar o presente”, afirma. De acordo com a investigação da Polícia Federal, a movimentação de recursos ligados ao PCC ocorreu entre 2020 e 2024, envolvendo estruturas financeiras que agora são objeto de apuração com base em documentos oficiais, quebras de sigilo, despachos e cooperação com COAF e Banco Central. Dados de social listening levantados pela ferramenta Buzzmonitor mostram que, nos últimos dias, houve 1.003 menções online sobre “PCC” e “Faria Lima”, com 45% de menções negativas, mas baixo engajamento orgânico. Já o subtema da “fake news do Pix” somou 396 posts, concentrados em veículos de esquerda, com circulação restrita e sem tração ampla. Segundo Lilian, é fundamental distinguir risco reputacional de risco regulatório. “O primeiro depende do alcance e persistência do debate público; o segundo decorre de achados técnicos e da capacidade de enforcement. Hoje, o engajamento baixo nas redes sugere risco de imagem contido, enquanto o risco de supervisão e sanção permanece condicionado à evidência forense”, explica. Ela conclui: “Se a narrativa não cabe na linha do tempo, troca-se a narrativa, não os fatos. Para o mercado, a régua continua sendo evidência auditável, não trending topics.”
- Confira os indicados para a Fase 2 do Prêmio Top C-Level's Fintechs 2025
Há um ano, realizamos a primeira edição do Prêmio Top C-Level's Fintechs, reconhecendo os principais líderes atuantes nas fintechs brasileiras (conheça os vencedores de 2024 neste link ). Após 145 votantes, confira abaixo quem foram os executivos indicados para a segunda fase desta edição. O que é um C-Level? C-Level refere-se aos executivos de mais alto nível dentro de uma organização, cujos títulos geralmente começam com a letra "C", de "Chief". Esses profissionais incluem: CEO (Chief Executive Officer): é o executivo de mais alto nível em uma empresa, responsável pela direção geral e pelo desempenho da organização; CFO (Chief Financial Officer): é o executivo responsável pela gestão financeira de uma empresa. Ele desempenha um papel crucial na supervisão das atividades financeiras e na formulação de estratégias que garantam a saúde financeira da organização; CTO (Chief Technology Officer): é o executivo responsável pela direção tecnológica de uma empresa. Ele desempenha um papel fundamental na definição e implementação da estratégia de tecnologia, garantindo que a empresa utilize as melhores práticas e inovações tecnológicas para atingir seus objetivos de negócios; COO (Chief Operating Officer): é o executivo responsável pela supervisão das operações diárias de uma empresa, garantindo que todas as atividades operacionais estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da organização; CMO (Chief Marketing Officer): é o executivo responsável por liderar as estratégias de marketing de uma empresa. Ele desempenha um papel vital na criação e implementação de iniciativas que promovem a marca, atraem e retêm clientes e impulsionam o crescimento das receitas. Cada um deles tem responsabilidades específicas que são vitais para o funcionamento e o crescimento da empresa. Por que reconhecer os C-Level's? Reconhecer os C-Level's de destaque é uma forma de valorizar aqueles que estão na vanguarda da transformação digital no setor financeiro. Esses líderes não apenas impulsionam suas empresas, mas também influenciam o ecossistema como um todo, fomentando um ambiente de inovação, competição saudável e progresso contínuo. Como identificar os C-Level's de destaque? 1. Inovação e Impacto: Busque líderes que estejam implementando soluções inovadoras que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também desafiem o status quo. Eles devem estar à frente na adoção de novas tecnologias e na criação de produtos e serviços disruptivos. 2. Resultados Consistentes : Os executivos que demonstram resultados financeiros sólidos, crescimento sustentável e capacidade de enfrentar desafios econômicos são fundamentais. Isso inclui desde a gestão eficiente de recursos até a conquista de novos mercados. 3. Liderança e Visão : Líderes inspiradores que têm uma visão clara para o futuro da empresa e do setor fintech, e que conseguem mobilizar suas equipes para alcançar objetivos ambiciosos. Sua capacidade de comunicação e de engajar stakeholders é essencial. 4. Contribuição para o Ecossistema : Além de seus papéis dentro das empresas, esses C-Level's frequentemente contribuem para o desenvolvimento do setor como um todo. Isso pode ser por meio de participação em associações, palestras, publicações e outras iniciativas que promovam o ecossistema fintech. Prêmio Top C-Level's Fintechs 2025 O Prêmio Top C-Level's Fintechs 2025 será composto por três etapas: Etapa 1: Livre Indicação (finalizada) Até o dia 31/08/2025, foi feita a indicação dos C-Level's para a fase 2. Foram selecionados os executivos que tiveram cargo comprovado via Linkedin e que tiveram, dentro da sua categoria, ao menos 2 indicados. Os indicados foram: CEO Andre Purri (Alymente) Brunos Nunes (Base39) Carlos Eduardo Benítez (BMP) Fernando Nery (Portão 3/P3) Izidoro Polari Neto (ValeJá) Jaime Taboada (Divibank) Jorge Freire (BomConsórcio) Marian Canteiro (Banco Útil) Mauro Levi D'Ancona (180 Seguros) Túlio Matos (iCred) CMO/CSO/CGO Daniel Ferretti (Franq) Débora Fortes (Pismo) Eduarda Camargo (Portão 3/P3) José Manuel Catarino Barbosa (J17 Bank) Rebecca Fischer (Divibank) CTO Daniela Binatti (Pismo) Emmanuel Coelho (Quick Digital) Franco Lamping (180 Seguros) Luan Stocco (vhsys) Ricardo Rames (Portão 3/P3) Etapa 2: Votação Final Nesta etapa, haverá uma votação considerando os executivos indicados na etapa anterior. As votações serão aceitas até o dia 30/09/2025 , através deste formulário. Etapa 3: Resultados No dia 02/10/2025 , serão divulgados os C-Levels com maior números de votos, para cada uma das posições. Os vencedores receberão um prêmio e serão convidados para um episódio especial na série Bate-Papo com Fintechs.
- Fan Tokens de Vasco, Fluminense e Palmeiras chegam à Cube Exchange via Chiliz
A Chiliz , líder global em blockchain para a indústria esportiva e responsável pelo maior ecossistema de Fan Tokens do mundo, anuncia um novo marco de expansão para os Fan Tokens de clubes brasileiros. Os tokens oficiais de Vasco da Gama ($VASCO), Fluminense ($FLU) e Palmeiras ($VERDAO) passaram a ser negociados também na Cube Exchange, plataforma australiana fundada em 2023 e com forte presença em quatro mercados globais, ampliando as possibilidades de engajamento e investimento para torcedores de três dos maiores clubes do país. Os Fan Tokens já se consolidaram como um produto inovador dentro do ecossistema esportivo, permitindo que fãs de diferentes partes do mundo tenham voz ativa em enquetes oficiais e acesso a experiências exclusivas com seus times. Além de aproximar clubes e torcedores, o Fan Token™ também representa uma nova frente de receita e relacionamento digital para as instituições esportivas. A chegada de $VASCO, $FLU e $VERDAO à Cube Exchange amplia o acesso de torcedores e fãs de futebol do mundo todo a esses ativos digitais e reforça a dimensão global da comunidade Chiliz. Para marcar as listagens, a Cube promoveu torneios de trading que, juntos, distribuíram US$30.000 em prêmios, incentivando a participação da comunidade cripto e esportiva. “O Brasil é um dos países mais apaixonados por futebol no mundo e, ao mesmo tempo, um mercado extremamente receptivo à inovação digital. A presença de três gigantes como Vasco, Fluminense e Palmeiras no ecossistema da Chiliz reforça não apenas a força do nosso modelo de Fan Tokens, mas também o potencial do país como protagonista no movimento global de SportFi. A listagem na Cube Exchange amplia ainda mais as oportunidades para os torcedores do mundo todo se conectarem e investirem em clubes brasileiros de uma forma inédita”, afirma Bruno Pessoa, Country Manager da Chiliz no Brasil . Com esse movimento, a Chiliz reforça seu compromisso em expandir a presença global dos Fan Tokens e fortalecer o desenvolvimento do mercado de ativos digitais esportivos, conectando instituições e torcedores.
- Corinthians x Palmeiras também na blockchain: rivalidade rende competição de US$ 10 mil
O Derby Paulista vai muito além dos 90 minutos em campo. Neste domingo, 31 de agosto , Corinthians e Palmeiras estarão frente a frente não apenas no gramado da Neo Química Arena, às 18h30, mas também na blockchain, em uma disputa de Fan Tokens que já movimenta milhares de torcedores e vai distribuir US$ 10.000, aproximadamente R$ 54 mil, em prêmios . Por trás dessa experiência inédita está a Chiliz , empresa líder global em tecnologia blockchain para o esporte, que por meio da plataforma FanX transforma a rivalidade histórica em uma competição digital, onde cada trade conta como se fosse um gol em busca da vitória. A iniciativa reflete a estratégia da Chiliz de consolidar o Brasil como um de seus principais mercados. Na semana que antecede o clássico, os números já demonstram a força da ação: quase R$ 600 mil em volume total de negociações dos dois tokens, com 173 traders executando 1.565 trades. Cada trade representa a compra ou venda de Fan Tokens de Corinthians ou Palmeiras na blockchain, e esse movimento coletivo mostra como a rivalidade foi transportada para o ambiente digital inovando em uma das mais tradicionais disputas do futebol brasileiro. No ranking da competição, um único participante já movimentou mais de R$ 110 mil em operações, seguido de perto por traders com volumes de R$ 58 mil e R$ 41 mil, em uma disputa que espelha a intensidade do clássico dentro de campo. Os Fan Tokens dos clubes reforçam o espírito da rivalidade também no mercado digital. O $VERDAO, token do Palmeiras, está cotado a R$ 0,38 , com volume diário de cerca de R$ 8,1 mil . Já o $SCCP, do Corinthians, embora mais barato ( R$ 0,22 ), apresenta muito mais liquidez, registrando mais de R$ 145 mil em negociações diárias. Com a competição, a Chiliz mostra como a blockchain pode criar novas formas de engajamento e interação para os torcedores, que vão além dos estádios e das quatro linhas. O prêmio total de US$10.000 em Fan Tokens será dividido entre os 20 maiores traders em volume e os 20 traders mais ativos no token do clube que vencer o Derby em campo, com ao menos US$ 2.000 garantidos aos torcedores do lado derrotado. O clássico também segue equilibrado dentro de campo. Até 6 de agosto de 2025, Corinthians e Palmeiras se enfrentaram em 387 jogos oficiais, com o Verdão ligeiramente à frente no retrospecto: 136 vitórias, contra 133 do Timão e 118 empates. Nos gols, também há equilíbrio: 548 para o Alviverde e 503 para o Alvinegro. O último confronto entre as duas equipes, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, acabou sendo vencido pelo Corinthians, aumentando a expectativa para um jogo intenso tanto no estádio quanto no universo on-chain. “Estamos levando a rivalidade para além das quatro linhas e criando um novo espaço de disputa entre torcedores, dessa vez no ambiente digital. O Derby Paulista é um dos maiores clássicos do mundo, e unir essa paixão à tecnologia blockchain é uma forma de aproximar ainda mais os fãs da experiência do jogo”, afirma Bruno Pessoa, Country Manager da Chiliz no Brasil . Ao unir paixão pelo futebol e tecnologia, a Chiliz mostra como os torcedores podem se envolver de formas novas e divertidas, criando experiências diferentes tanto no Brasil quanto no resto do mundo.
- Nova Instrução Normativa da Receita Federal impõe regras de transparência a fintechs e amplia fiscalização sobre movimentações financeiras
Em meio a recentes investigações sobre o uso de fintechs por organizações criminosas e dúvidas de consumidores sobre a segurança dessas plataformas, a Receita Federal publicou nesta sexta-feira (29) a Instrução Normativa nº 2.278/2025. A norma equipara as instituições de pagamento e os participantes de arranjos de pagamentos às regras de reporte das instituições financeiras tradicionais, ampliando o alcance da obrigação de envio de informações pela e-Financeira. Na prática, fintechs e empresas de meios de pagamento passam a declarar operações de clientes com o mesmo detalhamento exigido de bancos, reforçando o combate a crimes contra a ordem tributária, como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Para o advogado tributarista Eduardo Rodrigues, sócio da área tributária do Duarte Tonetti Advogados , a medida transforma o papel das fintechs: "Com a nova obrigatoriedade, as fintechs estão obrigadas a enviar informações detalhadas sobre contas de pagamento e operações financeiras de seus clientes à Receita Federal. Na prática, significa que as novas obrigações aumentam a responsabilidade sobre o controle de operações suspeitas e a prevenção à lavagem de dinheiro." Rodrigues também alerta que clientes dessas fintechs terão suas operações monitoradas: "A partir de agora, os clientes deverão ficar atentos à declaração correta de rendimentos e movimentações, pois inconsistências serão identificadas com maior facilidade, podendo gerar desdobramentos nas declarações de Imposto sobre a Renda." A adequação das fintechs à legislação aplicada aos bancos tradicionais minimiza o uso dessas empresas para ocultação de patrimônio e/ou lavagem de dinheiro, aumentando a segurança jurídica e a transparência do setor. O especialista explica ainda sobre as responsabilidades às quais as fintechs estão sujeitas a partir de agora: "As principais implicações tributárias são: (i) obrigatoriedade da e-Financeira; (ii) consequente monitoramento às movimentações financeiras relevantes; (iii) identificação de inconsistências entre rendimentos declarados e movimentações reais; e (iv) preenchimento automático das declarações de IR com base em dados consolidados." Ainda que a IN não elimine todos os riscos, Rodrigues aponta que o reforço regulatório pode aumentar a transparência do setor e oferecer maior segurança às empresas e aos consumidores: "Entendo que teremos impactos positivos em relação à confiança das empresas no mercado e à segurança das transações, considerando a necessidade do cumprimento de regras de compliance, a redução da atratividade de fintechs para operações ilícitas e o impulsionamento da profissionalização e amadurecimento do mercado, abrindo a possibilidade para o crescimento da concorrência no setor financeiro." Contudo, ele alerta que essas medidas podem gerar custos adicionais, mas também fortalecer a credibilidade das empresas perante investidores e parceiros. Como toda norma, é possível que ainda existam lacunas ou desafios de implementação para o setor. Nesse contexto, Eduardo faz um alerta: "Fintechs que atuam em múltiplos segmentos podem enfrentar dificuldades na segmentação de dados e na aplicação uniforme das regras. A integração com o Banco Central e a atenção à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) são essenciais para evitar duplicidade de obrigações ou autuações, especialmente para empresas menores." Os desafios de implementação incluem a reestruturação dos sistemas para atender às exigências da e-Financeira, integração com o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), adequação para geração e transmissão de arquivos detalhados e garantia de segurança e integridade das informações. Por fim, Rodrigues reforça: "Fintechs pequenas podem enfrentar dificuldades técnicas e financeiras para cumprir as exigências no curto prazo."
- Entenda como algumas fintechs estão sendo usadas para lavagem de dinheiro
O Brasil tem cerca de 12 mil startups em funcionamento. Um estudo mostrou que somente em 2024 elas captaram R$ 13,9 bilhões em investimentos para financiar o crescimento e desenvolvimento de seus negócios, em diferentes ramos de atividades. Mas a expansão acelerada dessas empresas jovens e inovadoras chamou a atenção das autoridades. O Ministério Público identificou que algumas startups estão sendo usadas como instrumento de lavagem de dinheiro; um processo criminoso que busca ocultar a origem ilícita de recursos financeiros, inserindo-os no sistema econômico como se fossem legítimos. Exemplos recentes Em abril de 2024, a Operação Contenção 27, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, apontou a fintech 4TBank como mecanismo de lavagem de cerca de R$ 6 bilhões em apenas um ano para o Comando Vermelho e o PCC. Em fevereiro de 2025 a Operação Hydra, do Ministério Público de São Paulo com a Polícia Federal, mostrou que duas fintechs – 2GO Bank e Invbank - receberam cerca de R$ 6 milhões de integrantes do PCC e movimentaram quantias no Brasil, EUA, Paraguai, Argentina, Holanda, Itália, Hong Kong, China, dentre outros países. Dificuldade de investigação “Parte dos modelos de negócios das startups são baseados em serviços digitais ou bens intangíveis, o que permite uma mobilização significativa de recursos sem a necessidade de uma infraestrutura física robusta. Assim, é mais fácil ocultar a origem de fundos ilícitos, tornando a detecção extremamente difícil para investigadores e agências reguladoras”, explica o advogado criminalista, Leonardo Fleischfresser. Como age o crime organizado? Segundo o relatório “Lavagem de Dinheiro e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil” - feito pelo Instituto Esfera de Estudos e Inovação, existem duas principais estratégias usadas pelas organizações criminosas por meio das fintechs: as “contas gráficas” e as “contas bolsões”. As “contas gráficas” são contas correntes usadas como se fossem pessoais, mas que estão vinculadas ao CNPJ da fintech e hospedadas em bancos tradicionais, o que blinda a conta de bloqueios judiciais e investigações. J á as “contas bolsões” são quando a fintech deposita valores de vários clientes em uma única conta bancária, sem separação de titularidade no sistema. Assim, só a fintech sabe quanto é propriedade de cada usuário, tornando mais difícil o rastreio por órgãos estatais. Tudo bem planejado Fleischfresser destaca que a lavagem de dinheiro não ocorre de maneira aleatória e cita mais quatro práticas ilegais; entre elas estão as chamadas “ pre-seeds ” (sementes prévias: investimentos) ou de “ seeds capital” definitivas, ou seja, injeção de capital em empresas em estágio inicial. Outro método comum envolve a injeção de dinheiro ilícito apresentado como investimento legítimo, geralmente, proveniente de investidores-anjo. Também existe a metodologia do faturamento falso ou inflado, em que startups simulam vendas de produtos ou serviços inexistentes. As que atuam com serviços digitais são especialmente suscetíveis a esse tipo de manipulação, pois a dificuldade de rastrear as transações não-físicas facilita a lavagem. “Além disso, utiliza-se frequentemente a complexidade das estruturas societárias e a opacidade das operações, que podem incluir o uso de empresas de fachada em paraísos fiscais. Isso camufla a identidade dos beneficiários finais e dificulta a identificação de práticas ilícitas”, complementa o advogado. Como se proteger de investimentos criminosos? Na pressa por crescer e atrair investidores, algumas startups não verificam com atenção de onde vem o dinheiro recebido ou quem são seus clientes. “Enquanto o investimento legítimo busca retorno financeiro no sucesso do negócio, a lavagem de dinheiro utiliza a startup apenas como um meio para dissimular a origem ilícita de recursos”, conta Fleischfresser, que é mestre em Ciências Jurídico Criminais pela Universidade de Lisboa (Portugal). O que pode levantar suspeita? Indicadores como investimentos desproporcionais, fontes de financiamento obscuras, estruturas societárias complexas, uso de intermediários suspeitos, transações financeiras sem propósito econômico claro são alguns indícios que devem levantar suspeitas. Nesse contexto, “uma análise de due diligence [processo de investigação e verificação de uma empresa ou negócio antes de uma transação] aprofundada e feita por especialista é essencial para discernir a verdadeira natureza da operação”, complementa o advogado criminalista. Como se proteger de golpes? Para empresas já estabelecidas, a cautela na contratação ou parceria com startups é crucial para evitar o envolvimento involuntário em atividades criminosas. Já as startups devem ser proativas na implementação de uma cultura em conformidade com as leis, na criação de programas de compliance e governança, na adoção de práticas de monitoramento e análise que possam identificar quaisquer atividades suspeitas. “Implementar medidas como a verificação reputacional, análise da estrutura societária, avaliação do programa de compliance , checagem financeira das transações, inclusão de cláusulas contratuais de conformidade e monitoramento contínuo da relação comercial ajudam a eliminar os riscos de se envolver em situações ilegais”, conclui o advogado Leonardo Fleischfresser. Punições Quem comete crime de lavagem de dinheiro fica sujeito a punições. A Lei nº 9.613/98 prevê pena de reclusão de três a dez anos e multa, com possibilidade de aumento em casos de reiteração ou envolvimento de organização criminosa. Para pessoas jurídicas, as sanções administrativas podem incluir multas milionárias e possíveis inabilitações temporárias de seus administradores.
- Radar de Futuros ANBIMA: Conheça as inovações que devem impactar o mercado de capitais brasileiro nos próximos 10 anos
Com o advento das fintechs, o mercado financeiro passou por grandes transformações nos últimos anos. Agora a pergunta que fica envolve quais serão as próximas transformações. Pensnando nisso, a Anbima lançou o Radar de Futuros, uma ferramenta criada para apoiar a inovação, a estratégia e a tomada de decisão no mercado de capitais brasileiro. A partir de um mapeamento estruturado de tendências, o radar oferece uma leitura visual e analítica das principais inovações que devem impactar o setor nos próximos 5 a 10 anos. O Radar foi Desenvolvido no âmbito da Rede ANBIMA de Inovação, o projeto reforça o papel da instituição como referência na curadoria de conteúdos relevantes para o futuro do sistema financeiro. Ele reúne 50 inovações — entre tecnologias, conceitos e movimentos emergentes — organizadas em seis áreas-chave de transformação. A proposta é oferecer ao mercado um ponto de partida confiável para compreender os vetores de mudança que influenciam modelos de negócio, produtos, processos e regulações. Os itens foram selecionados com base em critérios de relevância e maturidade, sendo que mais de 90 sugestões foram avaliadas por representantes do setor, e as 50 mais bem pontuadas compõem esta primeira edição. No âmbito de Transformação digital de produtos e serviços, foram selecionados novos formatos de ativos, estruturas de fundos e serviços moldados pela digitalização e tokenização. Foram listados as seguintes inovações: DeFAI (DeFi com Inteligência Artificial), hedge funds descentralizados, precificação dinâmica para ativos digitais, precificação inteligente de ativos, tokenização de ativos, tokenização de valores mobiliários, web3 para finanças tradicionais, Drex (Real Digital), plataforma híbrida TradFi-DeFi e robo-advisor avançado. O segundo âmbito é o da Eficiência operacional e processual, com as inovações que otimizam fluxos internos, reduzem custos e integram sistemas com inteligência. As inovações listadas foram: API’s de consolidação de ativos digitais, computação em borda (edge computing), IA Agente, inteligência artificial em borda, contratos inteligentes, DeFi interoperável, oráculo de blockchain, reconciliação contábil automatizada em tempo real, automação robótica e processos no backoffice financeiro, computação em nuvem e Open Finance. No terceiro âmbito, aparecem as inovações para gestão de risco e inteligência de dados, com tecnologias analíticas e preditivas que apoiam decisões mais seguras e precisas. Os itens selecionados foram: criptografia pós-quântica, criptografia homomórfica, inteligência artificial explicável, recuperação aumentada por geração, computação confidencial, IA para previsão de taxas de juros, modelos preditivos de risco com machine learning, camuflagem de dados, IA para compliance, IA para due diligence. O quarto âmbito é o de regulação, transparência e compliance, com ferramentas que automatizam obrigações legais e ampliam a rastreabilidade e a confiança. As inovações listadas foram: identidade autossoberana, plataformas de DeFi reguladas, cibersegurança para DeFi, compliance cross-border, custódia institucional com carteiras multiassinatura, detecção de ameaças cibernéticas por IA, detecção de fraudes em tempo real, detecção e resposta estendida, infraestrutura de compliance automatizada e Open Banking. Na sequência, aparece a temática da sustentabilidade e reputação institucional, com soluções que conectam propósito, impacto e posicionamento estratégico. As inovações listadas foram: finanças regenerativas (ReFi), cálculo de pegada de carbono de portfólios, blockchain proof-of-stake e créditos de carbono tokenizados. Por fim, a última sessão é a de acesso e engajamento do investidor, com plataformas e experiências que aproximam investidores de diferentes perfis ao mercado de capitais. As inovações listadas foram: passaporte financeiro global, realidade aumentada para dados financeiros, educação financeira gamificada, inteligência coletiva em investimentos e plataformas de co-investimento. Mais do que listadas, cada inovação ainda foi classificada como conceito, protótipo e produto, em nove níveis. Em conceito, os níveis são pesquisa científica inicial, conceito tecnológico e prova de conceito. Na fase de protótipo, os níveis são testes em laboratório, validação em campo e testes de protótipo. Por fim, na fase de produto, estão os níveis finais demonstração do protótipo, pronto para implementação e totalmente operacional. No momento, os itens mais avançados encontram-se no estágio “pronto para implementação”, que são as inovações open banking, open finance, cloud computing, automação robótica e processos no backoffice financeiro e robo-advisor avançado. Além disso, foi avaliada a relevância, com uma média a partir da avaliação da ANBIMA para a pergunta “Quão relevante é a seguinte inovação para o futuro do mercado de capitais e investimentos no Brasil?”. Cada inovação ficou numa escala entre muito baixa e muito alta. Os itens com escala mais alta foram IA para compliance, cibersegurança para DeFi, detecção de ameaças cibernéticas por IA, detecção de fraudes em tempo real, e contratos inteligentes. A ideia da ANBIMA, mais do que antecipar o futuro, é de estimular uma visão estratégica e coletiva sobre o presente. Ao ampliar o olhar para além da tecnologia, incluindo também tendências culturais e comportamentais, a ANBIMA reforça o compromisso com um mercado de capitais mais preparado, competitivo e conectado às transformações em curso. O radar completo pode ser conferido neste link .
- Teddy Open Finance compra Edtech para buscar protagonismo em consórcios
A TEDDY Open Finance , fintech com DNA de infratech e referência nacional na distribuição de produtos financeiros via múltiplos canais, anuncia a aquisição de participação majoritária na ConKey, primeira escola de consórcios do Brasil. Com valuation superior a R$ 6 milhões , a ConKey passa a integrar o ecossistema TEDDY como peça-chave na criação da maior vertical de soluções em consórcio do país, combinando educação, tecnologia e distribuição, com atuação direta nos modelos B2B e B2C. A Teddy Open Finance saltou de R$ 57 milhões de faturamento em 2024 para uma projeção de R$ 140 milhões para este ano – um salto de 145,6% em 12 meses. P.S: Infratechs são plataformas que permitem o funcionamento de serviços e produtosfinanceiros, como banking as a service, crédito, pagamentos e antifraude. A movimentação acontece em um momento histórico para o setor. Em 2024, os consórcios bateram recordes: foram mais de R$ 378 bilhões¹ em créditos comercializados e R$4,49² milhões de cotas vendidas. E a curva de crescimento segue acelerada: apenas entre janeiro e maio de 2025, o volume de créditos ultrapassou R$ 186 bilhões, - volume é 23,6% maior em relação à série anterior. “Estamos entrando nesse mercado com a missão clara de transformá-lo. O consórcio é uma ferramenta poderosa, mas ainda limitada por falta de tecnologia, dados e capacitação. A união entre TEDDY e ConKey é o passo que o setor precisava para escalar com responsabilidade e inteligência”, afirma Wagner Ferreira, fundador e CEO da TEDDY Open Finance. Fundada em 2023 por Erick Branco e Renato Magno, a ConKey surgiu com o objetivo de capacitar profissionais e reduzir a alta taxa de cancelamentos — que chega a 52% em até 12 meses, segundo o Banco Central. A Edtech já impactou milhares de profissionais com mais de 35 horas de aulas gravadas, mentorias ao vivo, consultorias individuais e com a tecnologia do SimulaKey, um simulador inteligente que compara consórcios com outros produtos financeiros. “Capacitar o mercado significa vender com mais ética, gerar menos cancelamentos e entregar mais valor para o cliente final. Esse sempre foi o nosso propósito”, reforça Renato Magno, COO da ConKey.
- Novidade: Avenue lança UCITS ETFs
A Avenue, uma empresa Itaú e pioneira em investimentos nos EUA para brasileiros, anuncia que a partir do dia 27 de agosto os UCITS ETFs estarão oficialmente disponíveis para todos os clientes da plataforma. Os fundos, conhecidos como “ETFs Irlandeses”, seguem as regras de regulação europeia e oferecem benefícios fiscais e sucessórios relevantes em comparação aos ETFs tradicionais dos Estados Unidos. Entre as principais vantagens estão a isenção do imposto sucessório americano – que pode chegar a 40% – e o reinvestimento automático de dividendos, evitando a retenção de 30% na fonte. Com aporte mínimo de apenas US$ 5,00 (cerca de R$ 28,00), os UCITS ETFs chegam para ampliar o portfólio de investidores brasileiros por meio de um segmento que, até então, estava restrito aos clientes de alto patrimônio. “O lançamento oficial dos UCITS ETFs na plataforma marca um passo importante para expandir as alternativas globais de investimento para brasileiros. Trata-se de um produto desenhado para quem busca performance no longo prazo, aliado a eficiência tributária e sucessória”, afirma Marcus Freitas, Head de Estratégia e Novos Negócios da Avenue . Live educativa no dia 28 de agosto, às 19h Com o objetivo de aprofundar a visibilidade sobre os benefícios dos UCITS ETFs na composição de portfólio, a Avenue realizará nesta quinta-feira (28), às 19h, uma live aberta ao público em seu canal do Youtube ( https://www.youtube.com/live/fsq883AFW7A ). O encontro será conduzido por Tomás Roque, Analista Sênior de Treinamento e Conteúdo, e William Castro Alves, Estrategista-Chefe da Avenue. “Mais do que lançar o produto, acreditamos na importância de educar o investidor. A live será um espaço para apresentar as vantagens dos UCITS ETFs de forma nítida, evidenciando como eles podem ser incorporados às carteiras dos nossos clientes”, complementa Marcus Freitas. Para assistir a live, acesse este link ( https://www.youtube.com/watch?v=fsq883AFW7A ). Sobre os UCITS ETFs Os UCITS ETFs (Undertakings for Collective Investment in Transferable Securities) são fundos listados em bolsas europeias, especialmente em Londres. O diferencial do produto está no padrão regulatório da União Europeia, que prioriza a proteção do investidor e, simultaneamente, cria mecanismos para otimização tributária e sucessória. Com a chegada desse produto, a Avenue reforça o compromisso de ampliar a jornada de investimentos dos brasileiros, com soluções sofisticadas e alinhadas às práticas globais. Os fundos aqui referidos não estão registrados sob o U.S. Investment Company Act of 1940 e os valores mobiliários emitidos pelos fundos não estão registrados sob o United States Securities Act of 1933. Esta não é uma oferta de venda, nem solicitação de uma oferta de compra, os títulos de qualquer fundo nos Estados Unidos, seus territórios, posses ou protetoras sob sua jurisdição nem para nacionais, cidadãos ou residentes em qualquer uma dessas áreas. A Avenue Securities LLC é membro da FINRA e da SIPC. Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Veja todos os avisos importantes sobre investimento: https://avenue.us/termos/ .
- Token com Rentabilidade de 1,6% estreia na B3
O mercado de investimentos no Brasil vem buscando alternativas que combinem liquidez , segurança e retornos acima da média. Nos últimos meses, ativos ligados ao setor imobiliário têm se destacado ao oferecer rentabilidades expressivas , em um segmento que sozinho movimentou mais de R$ 200 bilhões em 2024 e representa cerca de 7% do PIB nacional. Esse movimento reforça a tendência de que o investidor brasileiro está mais atento a produtos que unem inovação tecnológica com a solidez de ativos reais, abrindo caminho para novos formatos de investimento. O interesse crescente também mostra como o mercado está se diversificando, atraindo desde pequenos aplicadores até fundos institucionais que buscam exposição a ativos reais com maior previsibilidade de retorno. Nesse cenário, uma operação inédita marcou o início de uma nova fase: mais de 551 mil tokens vinculados a um empreendimento imobiliário passaram a ser negociados com rentabilidade de 1,6% ao mês. A oferta primária do ativo TOSB01 foi concluída pof meio da plataforma de tokenização e crowdfunding da Zuvia, tornando o investimento acessível a qualquer pessoa de forma fracionada e regulada. “Este é um marco histórico para o crowdfunding no Brasil. A tokenização possibilita que investimentos realizados em captações primárias sejam negociados de forma simples , transparente e acessível , ampliando a confiança e democratizando o acesso ao mercado de capitais. Em parceria com a B3, conseguimos estruturar um mercado subsequente que oferece liquidez e segurança aos investidores. A Zuvia nasceu com o propósito de conectar tecnologia e investimento, e essa operação nos consolida como referência em inovação no setor financeiro”, afirma Jonatas Montanini, Co-CEO e Co-Founder da Zuvia. A negociação em ambiente regulado reforça a importância da inovação como motor para ampliar o mercado de capitais e diversificar o portfólio dos investidores. Durante o lançamento, o token mostrou, na prática, o potencial desse novo modelo. A parceria com a B3 permite que investidores que participaram da captação inicial possam agora negociar seus tokens com liquidez e transparência , por meio do botão “Negociar na B3” dentro da plataforma da Zuvia. Outro diferencial é que os tokens não sofrem variação de preço : cada unidade equivale a R$ 1,00, com rendimento pré-fixado de 1,6% ao mês durante 24 meses. A atualização da CVM 88 em 2022 foi essencial para viabilizar esse avanço, permitindo que plataformas de investimento participativo intermediassem negociações no mercado secundário e abrissem espaço para maior liquidez. “A B3 tem o compromisso de apoiar o crescimento de pequenas e médias empresas, que desempenham papel fundamental no desenvolvimento da economia. A plataforma de financiamento coletivo é, muitas vezes, o primeiro passo das companhias no mercado de capitais e, com essa tecnologia, atendemos à uma demanda crescente das empresas por mais opções de financiamento, além de facilitar a democratização dos investimentos”, afirma Flávia Mouta, diretora de Emissores e Relacionamento da B3. Esse desempenho reforça como a tokenização pode romper barreiras no Brasil. A rentabilidade de 1,6% ao mês chama a atenção porque supera com folga boa parte das aplicações tradicionais de renda fixa, que hoje entregam ganhos menores em função dos juros já precificados pelo mercado. Em termos anuais, esse rendimento equivale a mais de 20% , colocando o ativo no radar de investidores que buscam retorno elevado sem abrir mão da segurança. O diferencial está em oferecer esse resultado em um produto acessível, com aporte mínimo de R$ 25,00, permitindo que tanto pequenos investidores quanto aportadores institucionais participem do mesmo mercado. A Zuvia provou, na prática, que é possível unir inovação tecnológica com governança sólida para atrair diferentes perfis de investidores. “A tokenização rompe barreiras e mostra que investimentos de alta rentabilidade podem estar ao alcance de qualquer pessoa, com segurança e simplicidade . Esse é apenas o começo de uma transformação que deve alcançar diversos setores da economia nos próximos anos”, completa Montanini.
- BLOCKBR aposta na descentralização do crédito e estrutura infraestrutura para nova geração de gestoras tokenizadas
A BLOCKBR, fintech especializada em infraestrutura para tokenização de ativos, reforça sua visão de que o crédito — um dos pilares mais tradicionais do mercado financeiro — está migrando das mãos dos grandes bancos e corretoras para estruturas mais ágeis, transparentes e autônomas. Essa transformação é possível graças à tokenização, que permite uma nova forma de criar, distribuir e operar ativos financeiros, com menos intermediários e mais acesso direto ao investidor final. A estratégia é atender gestoras com carteiras superiores a R$ 1,5 bilhão em ativos circulantes, firmando contratos mínimos de R$ 100 milhões em operações tokenizadas no primeiro ano. Com esse posicionamento, a empresa projeta alcançar 30 gestoras no Brasil e cinco fora do país até 2026, o que deverá gerar um faturamento estimado em R$ 15 milhões. A empresa desenvolveu uma plataforma white-label com licença regulatória as a service opcional, voltada para gestoras de recursos que desejam migrar suas operações para um ambiente digital, regulado e eficiente. A solução permite que gestoras tokenizem desde fundos e carteiras administradas até ativos reais e financeiros — com controle total sobre regras de oferta, compliance, governança e liquidação e o melhor, ser dona do cliente apostando na independência de fundos de bancos e corretora. “A nova lógica do mercado é clara: produtos precisam ser acessíveis, personalizados e distribuídos fora dos canais fechados tradicionais. Hoje 90% do crédito do mercado está nas mãos de 3 bancos e 1 corretora, mas aos poucos o crédito vai sair destas mãos. As gestoras que entenderem isso agora estarão à frente na próxima década”, afirma Cássio J. Krupinsk, CEO da BLOCKBR . Entre os diferenciais da infraestrutura estão: Autonomia operacional: a gestora define, distribui e liquida as ofertas diretamente com seus investidores; Integração total: um único ambiente conecta custodiante, administrador fiduciário, gestor e investidor; Eficiência regulatória e tecnológica: interoperabilidade com carteiras digitais e sistemas já utilizados no setor. Tokenização da Rio Bravo Neste cenário de transformação, o mercado brasileiro de gestão de recursos se mostra robusto e em crescimento. Dados da ANBIMA indicam que o número de gestoras no país cresceu para cerca de 1.000 a 1.050 até setembro de 2024, incluindo independentes e as ligadas a bancos. Além disso, o universo de investidores é vasto, com 59 milhões de brasileiros já investindo em 2024 e uma estimativa de 77 milhões em 2025. Essa nova infraestrutura da BLOCKBR visa, assim, capacitar essas gestoras a ampliar seu alcance, oferecer mais autonomia e acessar um público que tradicionalmente ficava fora dos fundos, podendo mirar nos trilhões de mercado (com volume atual sob gestão das gestoras já ultrapassando R$ 498,5 bilhões) e, à medida que a aderência à tokenização cresce, alcançar pelo menos 2% desse volume. Um caso emblemático foi a estruturação da tokenização de carteiras administradas com perfis conservador, moderado e agressivo para a gestora Rio Bravo, que pôde distribuir os tokens diretamente aos investidores, sem depender de plataformas terceiras ou burocracias paralelas. A BLOCKBR vê o Brasil como referência global nesse modelo de infraestrutura regulada, e mirará uma expansão internacional focada em América Latina e Europa a partir de 2026. “A tokenização não é mais futuro. É uma realidade operacional. Estamos construindo a base para que gestoras operem com mais liberdade, alcance e rastreabilidade em um mercado que exige cada vez mais transparência”, afirma o CEO. Além disso, a BLOCKBR também projeta expansão internacional a partir de 2026, com foco em países da América Latina e Europa, onde gestoras já demonstram interesse por infraestrutura segura, interoperável e customizável, pontos em que a tecnologia brasileira se mostra altamente competitiva.
- Open Finance amplia escopo e acelera avanço do Embedded Finance no Brasil
O Banco Central do Brasil iniciou, em julho de 2025, uma nova fase do Open Finance, passando a incluir no compartilhamento de dados informações sobre investimentos, seguros e operações de câmbio. A atualização fortalece a personalização de produtos e impulsiona o Embedded Finance, um modelo que incorpora serviços bancários a plataformas de mobilidade, varejo, marketplaces e delivery. Segundo levantamento da consultoria Bain & Company, o mercado global de Embedded Finance deve movimentar mais de US$7,2 trilhões até 2030. No Brasil, a tendência é que empresas não financeiras se tornem distribuidoras de crédito, contas digitais e seguros, aproveitando o ecossistema aberto para criar experiências mais integradas e baseadas em dados. Luis Molla Veloso , especialista em Embedded Finance e integração de serviços financeiros em jornadas digitais, explica que o fenômeno já está presente na rotina do consumidor, muitas vezes de forma imperceptível. “Embedded Finance é quando empresas que não são bancos oferecem serviços financeiros embutidos em suas plataformas. O Uber, por exemplo, faz repasses em contas digitais dentro do próprio app. O iFood faz o mesmo com os entregadores. Até mesmo o antigo carnê das Casas Bahia seguia essa lógica, em que o ganho real vinha dos juros, não do produto. É como colocar um banco dentro de empresas que o consumidor já usa, de forma invisível, contínua e conveniente”, afirma. Além da conveniência, o modelo aumenta a concorrência e reduz barreiras de acesso a serviços financeiros. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), oito em cada dez brasileiros com acesso à internet já utilizam aplicativos de bancos ou fintechs para transações. A presença de funcionalidades bancárias em apps de outros setores deve acelerar essa adesão. O Embedded Finance já é realidade em segmentos como mobilidade urbana, varejo digital, saúde, educação e agronegócio. No transporte por aplicativo, empresas como Uber e 99 repassam valores a motoristas por meio de contas digitais integradas, com opção de antecipação. No varejo, redes e marketplaces oferecem parcelamento no próprio checkout, como Magazine Luiza e Mercado Livre. Na saúde, plataformas como Dr. Consulta viabilizam crédito para procedimentos. No agronegócio, fintechs como a Traive incorporam financiamento rural em marketplaces de insumos, simplificando o acesso ao crédito. Para Veloso , a ampliação do Open Finance será determinante para a próxima onda de inovação financeira no país. “Com mais dados disponíveis e consentidos pelo usuário, empresas poderão oferecer produtos muito mais personalizados, ajustando taxas, prazos e benefícios ao perfil de cada cliente. É uma mudança estrutural na forma de consumir serviços financeiros, com potencial para aumentar a inclusão e criar novos modelos de receita”, avalia.














