Bancos digitais aceleram o crescimento das PMEs ao oferecer serviços mais baratos, integrados e focados em produtividade
- Fincatch
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Os bancos digitais estão redefinindo a forma como pequenas e médias empresas (PMEs) acessam serviços financeiros no Brasil e na América Latina. Com estruturas mais leves, processos totalmente digitais e soluções integradas, essas instituições vêm ganhando espaço como alternativa direta ao sistema bancário tradicional, historicamente associado à burocracia, altos custos e baixa agilidade.
O avanço é sustentado por dados de mercado. Estudos sobre o ecossistema de fintechs na América Latina mostram um crescimento acelerado das empresas voltadas ao atendimento de PMEs. Um levantamento da consultoria estratégica KoreFusion aponta que, das mais de duas mil fintechs ativas na região, cerca de 750 têm foco direto em pequenas e médias empresas, refletindo a demanda crescente por soluções financeiras mais simples, acessíveis e eficientes.
Já um estudo conduzido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a Finnovista revela que o número de fintechs na América Latina e no Caribe mais que quadruplicou entre 2017 e 2023. O movimento é impulsionado pela digitalização dos serviços financeiros e pela busca das PMEs por plataformas que unifiquem conta, pagamentos, crédito e gestão financeira. Nesse cenário, o Brasil se destaca como um dos mercados mais avançados, combinando regulação favorável, infraestrutura digital e alta adesão de empreendedores às soluções online.
Para Rodrigo Maximo Cano, especialista em soluções digitais e gerente de engenharia de software do banco digital Cora, o protagonismo brasileiro não é acaso, mas resultado de decisões estruturais que colocaram a tecnologia a serviço do empreendedor.“O Brasil soube usar tecnologia para resolver problemas reais das PMEs. Bancos digitais não vendem apenas inovação, vendem simplicidade, velocidade e previsibilidade para quem precisa tocar um negócio todos os dias”, afirma.
De acordo com o especialista, a eliminação de processos presenciais e a digitalização completa da jornada financeira representam uma ruptura com o modelo tradicional, que por anos consumiu tempo e recursos dos empreendedores.
“Abrir uma conta, pagar fornecedores, receber clientes e acessar crédito deixou de ser um obstáculo. Quando tudo acontece no ambiente digital, o empreendedor ganha tempo, reduz custos e passa a tomar decisões com base em dados, não com burocracia. Isso facilita até mesmo o monitoramento em tempo real do desempenho da empresa, e ajuda a estruturar planos de correção do negócio, quando necessário”, destaca.
O impacto dessa mudança é direto na produtividade e na competitividade das PMEs, especialmente em um cenário econômico que exige eficiência e controle financeiro rigoroso. “Quando o acesso ao dinheiro é rápido, seguro e barato, o empresário ganha confiança para investir, contratar e crescer. O Brasil construiu um sistema financeiro que incentiva quem quer empreender, e isso explica por que o país hoje é referência global em inovação bancária”.
Ao simplificar processos e integrar serviços financeiros em um único ecossistema digital, os bancos digitais se consolidam como aliados estratégicos das PMEs. A tendência é que esse modelo continue avançando, fortalecendo o ambiente de negócios e impulsionando o crescimento sustentável das pequenas e médias empresas no País.
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