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Bitcoin: Redefinindo as finanças institucionais na América Latina

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Em pouco mais de quinze anos, o Bitcoin deixou de ser uma moeda digital de nicho para se tornar parte integrante das estratégias de grandes instituições financeiras. Hoje, o ativo está disponível por meio de ETFs registrados, reconhecido mundialmente por suas propriedades únicas e cada vez mais incorporado como ativo estratégico. Na América Latina, onde inovação financeira e tecnológica são essenciais para enfrentar instabilidades cambiais e incertezas econômicas, ele vem sendo cada vez mais visto não apenas como um ativo especulativo, mas como uma peça-chave nas carteiras institucionais.


Ao contrário das stablecoins, que oferecem estabilidade para pagamentos e operações do dia a dia, o Bitcoin apresenta um conjunto distinto de vantagens estruturais e macroeconômicas. Essas características vêm tornando o ativo um elemento central nas estratégias institucionais da nova economia, funcionando como instrumento de diversificação e proteção contra as dinâmicas tradicionais do mercado.

Essas são quatro formas pelas quais o Bitcoin está transformando o setor financeiro institucional e ganhando força como estratégia entre investidores da América Latina:

 

1) O Bitcoin é visto como ouro digital e proteção contra riscos econômicos


A escassez programada do Bitcoin, limitado a 21 milhões de unidades, leva muitos investidores a compará-lo ao “ouro digital”. Essa característica funciona como proteção contra inflação e desvalorização cambial, desafios frequentes nas economias latinoamericanas. De forma semelhante ao ouro, bancos centrais e fundos soberanos já demonstram interesse no criptoativo: os Estados Unidos planejam ampliar suas reservas, atualmente as maiores do mundo, e especialistas acreditam que esse movimento pode incentivar outros países a seguir o mesmo caminho. O maior fundo soberano do mundo, o da Noruega, aumentou sua exposição indireta ao Bitcoin em 153% só neste ano.


Para investidores institucionais, incorporar Bitcoin às carteiras oferece uma proteção sólida e de longo prazo contra riscos associados às moedas fiduciárias e incertezas geopolíticas. É uma estratégia para preservar e aumentar valor em um cenário no qual os mecanismos tradicionais de proteção já não são suficientes.

 

2) Validação institucional do mercado


A aprovação dos ETFs à vista de Bitcoin nos Estados Unidos, em 2024, foi um marco: abriu as portas do criptoativo para uma base mais ampla de investidores institucionais em um ambiente regulado. Essa validação institucional fortalece a confiança e cria oportunidades para que práticas norte-americanas sejam replicadas por instituições da América Latina em busca de exposição regulada e acessível ao Bitcoin.


Na região, o movimento já começou. No Brasil, por exemplo, a B3 conta atualmente com 16 ETFs de criptoativos, lançados por gestoras locais e internacionais, com exposição ao Bitcoin e outras altcoins. No Chile, investidores acessam desde 2021 o Purpose Bitcoin ETF e, desde 2024, o ETF da BlackRock. Colômbia, Peru e Costa Rica também listaram ETFs cripto em suas bolsas locais. Recentemente, a Argentina autorizou a negociação desses produtos em sua bolsa, e o México está prestes a fazer o mesmo.


Com a expansão dos ETFs de criptoativos e o avanço da regulação nos países da região, o reconhecimento institucional do Bitcoin tende a se consolidar ainda mais em 2025.

 

3) Acesso à liquidez global e gestão estratégica de tesouraria


Por ser um ativo global descentralizado e sem restrições de horário ou jurisdição, o Bitcoin oferece alta liquidez e agilidade para operações institucionais de grande porte. Sua rede 24/7 permite transferências internacionais com menos custos e mais velocidade, sem depender dos sistemas financeiros tradicionais. Para empresas e fundos na América Latina, o Bitcoin surge como alternativa estratégica na gestão de tesouraria, seja para movimentar grandes volumes de capital, diversificar reservas ou operar com mais transparência e segurança fora do sistema bancário convencional.


Com volume diário de negociação frequentemente superior a US$ 50 bilhões, o Bitcoin está entre os ativos mais líquidos do mundo, superando muitas ações de grandes empresas e rivalizando com moedas tradicionais como o real brasileiro ou o franco suíço. Isso o torna especialmente atrativo para transações institucionais de grande escala.

 

4) Crescimento das estratégias institucionais na América Latina


Instituições da região já começam a adotar o Bitcoin como parte formal de suas estratégias financeiras – sinalizando uma nova fase de maturidade do mercado cripto latino-americano, que vai além da especulação individual.


No Brasil, a fintech Meliuz anunciou a compra de 275 Bitcoin por R$158 milhões e se tornou a maior empresa com hold de BTC na América Latina. O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, é um dos principais investidores da empresa, reforçando a tendência de diversificação institucional com criptoativos.


Na Argentina, a gigante do e-commerce Mercado Livre, maior empresa listada da América Latina, reportou em 2024 uma reserva de US$29 milhões em Bitcoin. Em 2025, aumentou esse montante em 38%, passando a deter cerca de US$59 milhões. Analistas veem a empresa como exemplo de um movimento crescente de empresas que adotam Bitcoin como parte de sua estratégia de reserva e investimento.


Esses casos de sucesso indicam como o Bitcoin está se consolidando como opção viável para a formulação de estratégias financeiras sofisticadas entre investidores institucionais da região, refletindo uma abordagem mais moderna e resiliente à gestão de patrimônio.


Will Hernández, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina na Bitfinex, comenta: “O Bitcoin está se tornando indispensável para investidores institucionais na América Latina. Suas propriedades únicas oferecem uma vantagem estratégica, indo além da diversificação tradicional para garantir preservação de valor e acesso altamente líquido a oportunidades globais. Em 2025, veremos cada vez mais instituições adotando o Bitcoin não como uma opção, mas como peça central de suas estratégias financeiras para o futuro.”


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