top of page
Foto do escritorFincatch

Omie antecipa breakeven e deve fechar 2023 ainda com recursos da série C em caixa


invest


Passada uma década desde sua criação, a Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, anuncia que atingiu o breakeven no início do segundo semestre deste ano e já opera no quarto mês consecutivo com caixa positivo. “Estamos ainda mais satisfeitos, porque alcançamos essa meta depois de um ano, como o de 2022, em que aumentamos as receitas recorrentes em 76%, apesar do cenário econômico de escassez de capital. “Estamos satisfeitos em comemorar nossos 10 anos de mercado com fluxo de caixa positivo e seguimos no nosso propósito de destravar o crescimento das empresas”, afirma Marcelo Lombardo, co-fundador e CEO da Omie. Segundo Lombardo, a scale-up ainda deve encerrar o ano com parte significativa dos recursos da série C em caixa, tendo também munição para movimentos estratégicos.


O plano para alcançar o equilíbrio financeiro foi desenhado no final de 2022 e começou a ser colocado em prática ainda em dezembro. Em 2021, a empresa havia captado R$580 milhões na série C, o que lhe permitiu realizar aquisições e investimentos. A compra da Ergoncredit e da Conpass, adquiridas em 2022, possibilitou ampliar as soluções de crédito da Omie e a realizar a junção da plataforma G-Click, o que aproximou a marca ainda mais dos contadores.


A empresa também direcionou esforços para a integração dos M&As, como a do banco digital Linker à solução OneFlow. “Priorizamos projetos que nos trouxeram a integração das soluções para contadores e eficiência operacional, aumentando a produtividade dos times e elevando a qualidade das entregas. Essa somatória de esforços nos possibilitou manter os planos de investimento, crescimento e atingir o breakeven, com fluxo de caixa positivo. Nosso plano era desafiador, pois, nesse momento, a maioria das Startups tiveram que escolher entre manter o ritmo de desenvolvimento ou buscar o equilíbrio financeiro. Nós optamos pelos dois”, afirma Lombardo.


A frente de serviços financeiros é um dos pilares da estratégia da Omie. Em junho deste ano, a empresa recebeu a aprovação do Banco Central (BC) para atuar como indicador de transações de pagamentos (ITP), sendo a primeira empresa de ERP nessa modalidade. Na mesma linha, ampliou sua parceria com bancos e expandiu a integração do sistema Omie ao Itaú, Santander e Banco do Brasil. Atualmente, a companhia é a segunda maior emissora de boletos entre seus clientes, tanto em unidades quanto em valores emitidos.


Após atingir o equilíbrio financeiro, o plano da Omie é continuar focada no aumento de produtividade, integração de soluções para contadores e crescimento da base de clientes. A scale-up, que já possui 150 mil clientes em seu ecossistema, mantém a meta de alcançar 1 milhão de clientes até 2025. Para avançar em todos os objetivos, Lombardo comenta que o breakeven foi um processo natural na jornada de crescimento da scale-up, uma vez que a manutenção de bons unit economics sempre foi pauta central na execução da Omie.


“Nós direcionamos os esforços para as frentes primordiais, tivemos de escolher as batalhas, mas ainda assim mantivemos os investimentos em projetos estratégicos, como a campanha publicitária, que traz mais visibilidade à marca e o lançamento das comunidades da Omie.Academy, incluindo as novidades e integrações de produtos. Toda nossa trajetória nesses 10 anos de existência nos garantiram a experiência e o conhecimento de mercado necessários para seguir inovando, incluindo o impacto cada vez maior com o crescimento dos nossos números. Já temos mais de 150 unidades franqueadas pelo Brasil, 27 mil escritórios contábeis parceiros, com mais de R$14 bilhões de notas emitidas mensalmente no nosso sistema. Como gosto de dizer, esse é só o começo”, diz o CEO.

Rentabilidade, foco e eficiência para alcançar o breakeven

Ao detalhar o processo para alcançar o breakeven, Frederico Braga, CFO da Omie, conta que a empresa foi rigorosa para manter o foco e cumprir o objetivo traçado no último ano, além de reforçar a realização de escolhas que aumentassem a eficiência operacional e melhorassem as entregas para aumento de receita. “Precisávamos fazer alocações ainda mais inteligentes dos recursos, aumentando a capacidade dos times, otimizando a base de gastos e despesas da companhia, revisitando contratos, impulsionando as equipes internas e mantendo uma disciplina no cumprimento das metas, garantindo que o negócio continuasse a crescer em ritmo acelerado, porém de forma eficiente, com ótimas métricas de negócio e preparando a empresa para o futuro”, afirma.

8 visualizações0 comentário