A Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, recebeu, recentemente, autorização do Banco Central (BC) para operar como Instituição de Pagamento (IP), na modalidade Iniciador de Transação de Pagamento (ITP). A licença possibilita a entrada da scale-up ao ecossistema do Open Finance – permite que novos recursos do sistema sejam desenvolvidos, facilitando o acesso dos clientes, com autorização prévia, a serviços financeiros em qualquer conta dos participantes do Open Finance Brasil.
Neste contexto, a Omie é a primeira empresa do segmento de gestão a entrar no Open Finance. “Iniciamos um novo capítulo na integração entre gestão online e serviços financeiros, pois acreditamos que essa convergência pode levar a plataforma de gestão a um novo patamar e melhorar ainda mais a experiência dos nossos clientes”, afirma Gabriel Siqueira, diretor de Tech Ventures da Omie.
O Open Finance é um projeto do BC que possibilita que os usuários (PFs e PJs) utilizem seus dados e serviços financeiros de maneira mais ampla e em diferentes ambientes, inclusive para obter serviços e soluções mais personalizadas. Empresas com licença ITP funcionam como agentes aptos a iniciar transações de transferências ou pagamentos sem a necessidade de acessar instituições financeiras, seja para entrada ou saída de recursos.
Inicialmente, o Open Finance disponibilizou a iniciação do Pix, mas novas funcionalidades serão agregadas no futuro com a evolução do ecossistema integrado, como novos meios de pagamento e a possibilidade de agendamentos.
Segundo o executivo, a aprovação do regulador é a primeira etapa para a empresa expandir na modalidade. “Os próximos passos são avançar nos requisitos técnicos e começar a testar as primeiras experiências com nossos clientes, como a consolidação de saldos e o reaproveitamento de dados cadastrais, e permitir a iniciação de transferências de dentro do sistema com o consentimento dos usuários. Todas essas ações já utilizando a infraestrutura do Open Finance”, diz Gabriel. Ele complementa que “as primeiras funcionalidades devem estar disponíveis até o fim do ano e já existem planos de atuar em novas modalidades”.
Com menos de 100 iniciadores cadastrados no Diretório Central do Open Finance e apenas 21 certificados e habilitados a operar, Gabriel avalia o Open Finance como um projeto de longo prazo que está apenas começando, mas permitindo inúmeras inovações. “As empresas poderão construir experiências inéditas a partir dessa infraestrutura. Nosso objetivo é nos manter na vanguarda no segmento de sistema de gestão, trazendo novas funcionalidades, antes inimagináveis neste setor”, afirma.