Especialistas do setor financeiro debatem a revolução do crédito com a duplicata escritural
- Fincatch
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A digitalização do crédito empresarial no Brasil entra em uma nova etapa com a chegada da duplicata escritural. O tema, que marca uma transformação estrutural na infraestrutura financeira nacional, será debatido no evento “Do Código à Confiança”, promovido pela Vertrau Tecnologia, no dia 13 de novembro, às 16h30, no Cubo Itaú, em São Paulo.
O encontro reunirá especialistas do mercado financeiro e de tecnologia para discutir como a regulação, a interoperabilidade e os novos sistemas digitais estão moldando o futuro do crédito estruturado no país. Entre os palestrantes confirmados estão Carlos Eduardo Benitez, especialista em infraestrutura financeira e CEO da BMP; Felipe Pretz, head de Structured Finance do banco BV; e Audrey Almeida, executiva com trajetória na integração de tecnologia e governança no mercado financeiro.
O evento ocorre em um momento de inflexão para o sistema de crédito. A regulamentação da duplicata escritural pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional inaugura um ambiente digital e rastreável, com impacto direto sobre a eficiência e a segurança jurídica das operações. A partir de janeiro de 2026, instituições financeiras e fundos deverão estar aptos a operar com títulos totalmente digitais, desde a emissão até a liquidação.
“O modelo amplia a liquidez, reduz custos operacionais e aumenta a transparência na cadeia de crédito. Cada título passa a ter um registro eletrônico único, com validade jurídica e identificação rastreável. A medida substitui rotinas cartoriais e reduz riscos de fraudes e duplicidades”, explica Israel Malheiros, COO da Vertrau.
A transição ocorre em meio à expansão dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que, segundo ele, já respondem por mais de quatro vezes o volume das operações bancárias tradicionais de desconto de duplicatas. Dados de agosto de 2025 indicam que o saldo bancário dessas operações soma R$ 176,5 bilhões, enquanto a carteira total dos FIDCs alcança R$ 765,4 bilhões, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Esse movimento reforça o papel dos fundos como principal canal de intermediação de crédito empresarial no país e evidencia a necessidade de aprimorar a interoperabilidade entre registradoras, administradores e gestores”, avalia Malheiros. Ele acrescenta que, no modelo atual, a ausência de integração plena entre agentes regulados ainda gera barreiras práticas à governança e à transparência das operações.
Para a Vertrau, a duplicata escritural consolida um novo ciclo de crédito estruturado baseado em dados confiáveis, padronização e governança digital. Para agilizar todo o processo, a empresa desenvolveu o VeHub, plataforma em nuvem que conecta fundos, administradoras, consultorias e registradoras em um mesmo ambiente. O sistema automatiza etapas de análise de risco, escrituração e conciliação, atendendo às normas da CVM 175, BCB 339 e Lei 13.775/2018.
“O avanço da duplicata escritural representa a maturidade institucional do crédito brasileiro. É a base de um ecossistema digital em que segurança jurídica, eficiência e transparência caminham juntas”, afirma Israel Malheiros.
O debate no Cubo pretende reunir gestores, reguladores e empresas para discutir os próximos passos da infraestrutura de crédito no país e o papel da tecnologia na construção de um mercado mais integrado e confiável.
ServiçoEvento: Do Código à Confiança
Data: 13 de novembro de 2025
Horário: 16h30
Local: Cubo Itaú – São Paulo
Evento exclusivo – vagas limitadas
















