Alteração do IOF aumenta competitividade de soluções de crédito estruturado no Brasil
- Fincatch
- há 14 minutos
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O novo decreto do governo federal, que eleva o teto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito corporativo, reacende o debate sobre o custo de empreender no Brasil e impulsiona soluções mais eficientes no setor financeiro. A partir da mudança, a alíquota anual do IOF para empresas em geral sobe de 1,88% para 3,95%. No caso de empresas optantes pelo Simples Nacional, a cobrança vai de 0,88% para 1,95%.
A medida impacta diretamente o custo do crédito empresarial, especialmente para pequenos e médios negócios, que já enfrentam margens apertadas e dependem de financiamentos para manter fluxo de caixa, investir em expansão ou inovar. Na prática, o aumento do IOF encarece empréstimos, compromete a previsibilidade financeira das empresas e reduz a competitividade de quem movimenta a economia real. Conforme estimativa da XP Investimentos, a alta é equivalente a 0,25 a 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros do país, a Selic.
Diante desse cenário, soluções de crédito estruturado ganham espaço por oferecerem soluções isentas de IOF. A Bankme, fintech paranaense especializada nesse modelo, se posiciona como uma alternativa competitiva ao sistema bancário tradicional, mesmo diante de um ambiente de alta tributação.
“Estamos atentos ao cenário tributário e econômico, e seguimos focados em criar soluções que ajudem nossos clientes a estruturar linhas de crédito com segurança e eficiência, mesmo diante dos desafios impostos por mudanças como essa no IOF”, afirma Thiago Eik, CEO da Bankme.
Além do crédito corporativo, a elevação do IOF afeta outras operações, como câmbio, cartões e previdência privada (VGBL acima de R$ 50 mil), aumentando o custo de transações em diferentes áreas da economia. O governo argumenta que a medida faz parte de um esforço para garantir equilíbrio fiscal, mas especialistas apontam que o ajuste ocorre, mais uma vez, via aumento de arrecadação, sem reduções relevantes nas despesas públicas.
“Quem empreende, gera emprego e movimenta a economia segue sendo penalizado. O impacto não se limita às empresas: os consumidores também sentem os efeitos no preço final dos produtos e serviços”, ressalta Eik.
Com juros elevados e tributação crescente, o crédito estruturado surge como uma resposta viável e moderna. Na Bankme, a proposta é dar mais autonomia às médias empresas por meio da criação de Mini Bancos, estruturas internas que permitem antecipar recebíveis, alongar prazos e rentabilizar capital. A fintech utiliza instrumentos como debêntures e securitização para permitir que empresas financiem seus próprios parceiros com recursos de sócios ou investidores.
“A lógica do Mini Banco transforma a relação das empresas com o crédito. Elas deixam de ser apenas tomadoras e passam a ser gestoras de seus próprios financiamentos, com segurança jurídica, governança e mais eficiência”, explica o CEO.
Mesmo com a elevação do IOF, o mercado de crédito privado vem se consolidando no país. Modelos mais enxutos e personalizados, com menos intermediação e maior controle por parte das empresas, tornam-se alternativas mais atraentes em um ambiente de complexidade tributária e instabilidade econômica. “É um movimento que aponta para a necessidade de uma revisão estrutural no sistema tributário brasileiro, substituindo aumentos pontuais de impostos por medidas que incentivem a produtividade, a inovação e a competitividade”, finaliza Thiago Eik.
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