Cuidado com golpes: Como avaliar se a instituição financeira é confiável antes de pedir dinheiro?
- Fincatch
- há 10 horas
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Na hora de contratar um empréstimo, muitos consumidores se preocupam apenas com taxas de juros e prazos, mas esquecem de avaliar um fator ainda mais crítico: a confiabilidade de instituições financeiras ou correspondentes bancários. Essa preocupação se torna ainda mais urgente diante dos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, que revelam um aumento de 13,6% nos casos de estelionato digital entre 2022 e 2023. Nesse contexto de crescimento de golpes e operações fraudulentas no setor, verificar a idoneidade de quem está oferecendo crédito é essencial para evitar armadilhas e prejuízos financeiros.
Segundo Thaíne Clemente, executiva de dados da Simplic, fintech especializada em crédito pessoal online, o primeiro passo é confirmar se a instituição possui um CNPJ ativo e regular perante a Receita Federal. "Isso pode ser verificado gratuitamente em portais como o da Receita Federal ou serviços como o Sintegra", explica. Além disso, vale a pena pesquisar o histórico de reclamações em órgãos como o Procon ou Reclame aqui – um número elevado de queixas sobre cobranças abusivas ou má-fé é um sinal vermelho.
Transparência também é um indicador de segurança. Instituições sérias fornecem todas as informações de forma clara, incluindo taxas, CET (Custo Efetivo Total) e eventuais penalidades. Desconfie de propostas vagas ou que omitem detalhes do contrato; se houver resistência em explicar as condições, é melhor procurar outra opção.
Sinais de alerta para golpes
Alguns sinais claros de golpe incluem a pressão para fechar o negócio rapidamente, pedidos de pagamentos antecipados para "liberar" o crédito ou contatos não solicitados por WhatsApp e redes sociais. “Nenhuma instituição legítima exige depósitos ou taxas antes da contratação, e ofertas que surgem sem solicitação prévia merecem cautela extrema”, reforça Thaíne.
Boas práticas na hora de contratar
Para tomar uma decisão segura, o ideal é sempre ler atentamente todas as cláusulas do contrato, evitando surpresas com multas ou seguros embutidos. Optar por bancos e fintechs já consolidados no mercado também reduz riscos, já que empresas estabelecidas costumam seguir regras mais rígidas de compliance e transparência.
“No fim das contas, a segurança deve sempre vir antes da conveniência ou das taxas aparentemente baixas. Uma escolha bem informada não só garante melhores condições, mas também protege o consumidor de fraudes e problemas futuros”, conclui a executiva.
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