A Delend anuncia a conquista da licença IP/ITP, do Banco Central do Brasil. Com a autorização, a fintech, agora, faz parte da agenda BC# e passa a funcionar como instituição de pagamento, na modalidade iniciador de transação de pagamento, integrando o ecossistema de Open Finance e iniciando pagamentos via Pix.
A obtenção desta licença é um marco considerável para a Delend, pois, assim, a empresa tem a chave necessária para se tornar um participante ativo no Open Finance, projeto fundamental da agenda de inovação do Banco Central. Ainda, por meio desta conquista, a empresa passa a ser uma das únicas no sistema financeiro nacional a expandir os produtos da Agenda BC# com Inteligência Artificial, integrando Pix, Open Finance e, em breve, o Drex (CBDC do Banco Central, atualmente em fase de testes) com modelos específicos de IA Generativa (LLMs).
A empresa vem registrando um crescimento anual relevante, na ordem de 40% e, com a nova licença, as expectativas para 2024 são promissoras, com projeções de faturamento entre R$ 75 milhões e R$ 80 milhões, além de uma receita anual recorrente (ARR) estimada entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões nos próximos 12 meses.
“Estamos avançando na construção de algo parecido com a Perplexity AI, porém focado em Open Finance e informações financeiras”, destaca Licio Carvalho, cofundador e CTO da Delend. “Nossa estratégia é parecida, contudo, ao invés de entregar uma AI genérica, direcionamos nossos esforços para um problema bem específico e significativo: o conhecimento completo e a automação das etapas para as PMEs obterem crédito e assim destravar o potencial da Duplicata Eletrônica. Nosso Agente Financeiro Virtual utiliza um mecanismo de AI-powered answer engine, que integra múltiplos agentes suportados pelos principais LLMs. A cada semana, ficamos impressionados com os avanços que estamos alcançando”, completa.
Open Finance, Drex e contratos inteligentes
Licio destaca que a conquista permitirá à Delend integrar soluções de Inteligência Artificial ao Open Finance, habilitando agentes financeiros com IA para automatizar a obtenção de crédito. Além disso, os clientes da fintech vão poder acessar uma nova jornada de compartilhamento de dados, através de consentimento Open Finance e pagamentos via integração com o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do BC, que se tornou referência de tecnologia em todo o mundo.
"Estamos desenvolvendo processos totalmente integrados com dinheiro programável, projetados para facilitar a vida dos nossos clientes. Imagine uma duplicata em que a conta do recebível é completamente programável e direcionada diretamente para o comprador do título. Esse é o principal desafio dos recebíveis que utilizam boletos como forma de pagamento.", afirma.
A Delend planeja integrar todo o ecossistema com o Drex, na medida em que a plataforma do BC permitirá a criação de contratos inteligentes e, com isso, a tokenização de duplicatas eletrônicas, conforme a Resolução 339 Banco Central. Licio afirma que o próprio BC já encomendou às empresas novos casos de uso para o Drex, que serão testados ao longo dos próximos 12 meses pelas instituições integrantes dos consórcios atuais e pelas novas empresas que serão incorporadas nesta segunda fase dos testes.
“Durante a Febraban Tech, Fábio Araujo, coordenador do Drex, deixou claro que o BC busca novos casos de uso para o Drex e que a tokenização de duplicatas, assim como a identidade digital, entre outros, podem integrar esta segunda fase do projeto da CBDC nacional. Estamos adiantados nesse processo e já temos em nosso roadmap essa integração, para juntar várias duplicatas em uma cesta de ativos e vender no mercado secundário, como em exchanges cripto ou bancos que atuam com criptoativos. Isso vai beneficiar a todos, desde o originador de crédito até o detentor do token, que ganha acesso a um novo produto de renda passiva”, explica o CTO.
A Delend mantém seu foco em pequenas e médias empresas (PMEs), sem desvio de rota. “Nossa missão é entregar soluções inovadoras que realmente façam a diferença no ecossistema das PMEs”, finaliza.
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