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- Carbon Friday do C6 Bank tem investimentos com taxas especiais e descontos na C6 Store
O C6 Bank dá início hoje às ações da Carbon Friday , período em que o banco reúne condições especiais em produtos e serviços para clientes pessoa física e pessoa jurídica. Algumas ofertas já estão disponíveis no aplicativo e outras serão liberadas ao longo dos próximos dias. Até dezembro, os clientes encontrarão desde taxas mais atrativas para investimentos no Brasil e no exterior até descontos em produtos, voos nacionais e internacionais, além de condições exclusivas para contratação de seguros. Investimentos Na C6 Invest, plataforma de investimentos do banco, os clientes terão acesso a oportunidades com taxas diferenciadas durante a Carbon Friday. Entre os destaques estão os CDBs pós-fixados de 1 ano, com rendimento de 106% do CDI para todos os clientes e de 109% do CDI para clientes assessorados. Já os CDBs prefixados de 1 ano terão taxas que variam diariamente e podem ser consultadas diretamente no aplicativo do banco. A campanha também inclui spread reduzido de 0,5% em qualquer remessa internacional feita por meio da C6 Global Invest, conta de investimento em dólar do C6 Bank. Normalmente, o spread varia de 1% a 1,5%, a depender do valor da remessa. Durante este período, o banco também oferece condições especiais em produtos atrelados ao IPCA e ao CDI de longo prazo. Os CDBs IPCA+ com vencimento em maio de 2027 estarão disponíveis com taxas que variam diariamente e podem ser consultadas no aplicativo. A LCA BNDES, voltada exclusivamente para pessoa física, terá rendimento de 92% do CDI no prazo de 3 anos. Além disso, a aplicação mínima dos fundos da Carbon Asset será reduzida de R$ 1.000 para R$ 100. Marketplace Outro destaque da Carbon Friday são as promoções na C6 Store, marketplace dentro do app do banco. Ao longo dos próximos dias, os clientes encontram produtos selecionados com preço reduzido, como eletroportáteis de beleza com até 70% de desconto. No setor de eletrônicos, os descontos podem chegar a 30% em produtos como fones de ouvido, smartwatches e carregadores. Todas as ofertas podem ser consultadas diretamente na loja dentro do aplicativo do C6 Bank, e o cliente pode finalizar a compra pelo próprio app de forma prática e segura. Viagens e pontos Para quem planeja viajar, o C6 Bank vai liberar nos próximos dias uma série de vantagens na transferência de pontos C6 Átomos, além de descontos em passagens aéreas nacionais e internacionais. Para aproveitar as oportunidades é preciso estar atento às ofertas e notificações no aplicativo. Os bônus na troca de pontos variam de 30% a 130%, a depender da parceria. Seguros A Carbon Friday traz ainda condições exclusivas na área de seguros do banco, como o Plano C6 Odonto com carência reduzida em todos os tratamentos, o Seguro Celular com desconto de 40% e o Seguro Viagem com 20% de desconto mediante uso do cupom C620OFF. Também haverá benefícios em produtos como Seguro C6 Vida, Seguro C6 Vida MetLife e Seguro Residencial, conforme as condições de cada modalidade.
- SUA EMPRESA VEM PERDENDO DINHEIRO POR CAUSA DA BIOMETRIA?
Estudos de UX/UI mostram que até 38% dos usuários desistem de uma transação após 2 tentativas de autenticação biométrica malsucedidas (não conseguiu autenticar), esse percentual pode chegar a 52% após três tentativas. Esses números mostram o impacto da experiência frustrada do usuário e resultam em perda de transações financeiras. Impacto da autenticação biométrica malsucedida A biometria facial vem sendo usada para autenticação de transações financeiras, de e-commerce, em serviços e pagamentos. Porém, quando este processo de autenticação não funciona direito o usuário tende a não concretizar a transação ou tentar em outra empresa. Segundo especialistas do setor de segurança: Após 2 tentativas malsucedidas ,em média 1 em cada 3 usuários desiste da transação , em particular em situações de pagamento como no e-commerce ou nos aplicativos bancários. Após 3 tentativas malsucedidas , mais da metade dos usuários desiste da transação, o que ocasiona perda de receita e frustração no usuário Essa frustração é pior quando não há alternativas de autenticação (ex. senhas, tokens ou outras modalidades biométricas). Principais Causas Expectativa de rapidez no processo : a expectativa dos usuários é que a biometria seja rápida e fácil de usar. Falta de explicação do que ocorreu : em muitos casos, os sistemas biométricos não explicam por que a autenticação falhou. O usuário fica em dúvida se foi algo errado que fez ou se a culpa é do sistema Iluminação Inadequada : luz muito intensa ou muito baixa durante a leitura (ex. ambiente escuro), câmeras de baixa qualidade de imagem ou oclusão (o rosto está parcialmente coberto) dificultam o reconhecimento da face. A tabela abaixo mostra o impacto por setor: Setor Desistência após 2 tentativas Desistência após 3 tentativas Impacto Financeiro 30%–40% 50%–60% Abandono de transferências; pagamentos e abertura de contas E-commerce 35%–45% 55%–65% Carrinhos abandonados; perda de vendas e chamados a mais no suporte ao cliente Governo 20%–30% 40%–50% Falhas na autenticação para acesso a serviços públicos; insucesso em agendamentos e no aceso a benefícios sociais Saúde 25%–35% 45%–55% Dificuldades no acesso a prontuários médicos; agendamentos e consultas com telemedicina Situação no Brasil No Brasil, onde a biometria é bastante usada na autenticação em aplicativos de bancos e serviços públicos, o impacto é grande. Estima-se que 2,3 milhões de tentativas de fraude foram barradas por biometria facial somente no primeiro trimestre de 2025 O que empresas podem fazer Oferecer outros métodos de autenticação biométrica após a primeira falha. Algumas pessoas simplesmente não conseguem usar determinadas modalidades biométrica, seja por etnia, umidade da pele etc. Melhorar a acurácia e a taxa de FTE (falha na leitura) dos sistemas biométricos , Uma alternativa é adotar sistemas que usam IA para adaptar-se a diferentes condições de iluminação e diferentes câmeras. Investir em educação: oferecer ao usuário , instruções claras sobre como posicionar o rosto, dedos, íris e sugerir o uso das melhores condições de iluminação. Medir as taxas de abandono e, se for o caso, alterar o fluxo de autenticação para melhorara a experiência do usuário. Conheça a nossa solução de biometria com impressões digitais pelo smartphone e como nossa IA pode melhorara a experiência do usuário e reduzir perdas. Acesse o link: https://biometriadigital.com/
- O que é investimento P2P e por que ele pode ser mais rentável do que outras aplicações tradicionais
Investir em P2P significa colocar seu dinheiro diretamente em operações de crédito para empresas, com potencial de rentabilidade maior do que boa parte dos investimentos tradicionais porque você elimina intermediários e participa do retorno gerado na economia real. É uma lógica simples, eficiente e que, segundo Diego Camacho, CEO da WMoney, “aproxima o investidor de oportunidades que antes ficavam restritas ao sistema financeiro tradicional”. O P2P (Peer-to-Peer Lending) funciona como um modelo em que pessoas físicas financiam empresas por meio de plataformas autorizadas e regulamentadas. Em vez de depender dos bancos, o investidor empresta para negócios que precisam de capital e recebe juros em troca. As plataformas fazem a análise de crédito, estruturam as operações e organizam o fluxo de pagamentos. Para o investidor, o processo se resume a escolher quanto aportar e acompanhar seus rendimentos. “Nosso papel é filtrar, avaliar e estruturar operações sólidas, para que o investidor entre em oportunidades com critérios técnicos e total transparência”, afirma Camacho. A maior rentabilidade do P2P em comparação a produtos tradicionais, como renda fixa bancária, acontece porque o investidor passa a receber uma fatia maior do spread do crédito. Com menos intermediários, mais retorno fica na ponta de quem investe. Além disso, a precificação das operações reflete o risco real de cada empresa, permitindo ganhos acima do CDI em diversos cenários. Esse movimento acompanha uma tendência global: relatórios como o do Cambridge Centre for Alternative Finance mostram crescimento contínuo do financiamento alternativo e retornos consistentes nas plataformas mais estabelecidas. Como em qualquer investimento baseado em crédito, existe risco de inadimplência. Por isso, a avaliação da plataforma é decisiva. É essencial observar a metodologia de análise de crédito, os critérios de seleção das empresas, o histórico de inadimplência, a transparência de informações. Camacho reforça que “o investidor iniciante precisa entender o P2P como uma classe de ativo complementar, estratégica para diversificar sem abrir mão de previsibilidade”. Outro ponto essencial é a presença de garantias, que aumentam a segurança das operações. O P2P não é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas seus produtos podem contar com recebíveis registrados, cessão de contratos e alienação fiduciária. Na WMoney, essas estruturas são parte central do processo, garantindo modelos de recuperação e mitigação de risco. O P2P é um modelo de investimento indicado para quem busca ampliar rentabilidade, entender melhor a dinâmica da economia real e acessar oportunidades antes restritas a grandes instituições. Ao unir análise criteriosa, garantias estruturadas e operações selecionadas, a WMoney oferece um caminho seguro para começar. Como resume Diego Camacho: “O futuro dos investimentos está na combinação entre tecnologia, crédito produtivo e acesso simples. O P2P entrega exatamente isso.” Veja aqui quanto o P2P pode render para você e ganhe 7% de cashback sobre o valor que investir* *Válido até às 23h59 do dia 30/11/2025.
- Banco Inter habilita Jornada Sem Redirecionamento com a Sensedia, e ultrapassa 9 milhões de requisições por mês
O Banco Inter, um dos principais bancos digitais do país, implementou a Jornada Sem Redirecionamento (JSR) do Open Finance em parceria com a Sensedia, empresa global de API Management e integrações. A colaboração estratégica permitiu ao Inter um aumento de 20 mil para 200 mil pagamentos mensais via Open Finance em apenas quatro meses, alcançando uma redução de até 50% nos custos operacionais. A JSR é um marco na evolução do Open Finance brasileiro, permitindo que usuários concluam pagamentos através de dados bancários salvos em carteiras digitais, sem a necessidade de serem redirecionados para o aplicativo do seu banco. Essa funcionalidade viabiliza o Pix por aproximação e proporciona uma experiência de pagamento mais fluida e segura para os consumidores. A mudança, no entanto, exigiu uma adaptação tecnológica complexa em um prazo curto. Para atender à demanda, o Inter enfrentou desafios como a falta de infraestrutura, o tempo reduzido para o piloto e uma equipe interna reduzida, tornando o desenvolvimento de uma solução interna inviável. Além disso, as alternativas de parceiros estrangeiros apresentavam custos elevados, dificultando a implementação do projeto. De acordo com Helcio Philippe Gonçalves Gomes, Senior Tech Manager do Inter, a Sensedia foi a única empresa que aceitou assumir o desafio dentro do prazo exigido pelo regulador, enquanto outros players pediam prazos maiores, incompatíveis com a urgência do projeto. “A Sensedia nos ajudou a entrar na data do piloto, cumprindo todos os requisitos regulatórios, e ainda aumentamos em dez vezes a média de pagamentos mensais. Hoje, o Inter é uma das instituições que mais faz uso desse fluxo por meio de carteiras digitais como o Google Pay”, ressalta Gomes. O sucesso da Jornada Sem Redirecionamento, que reduziu os custos da operação em até 50% , motivou o Inter a ampliar o escopo da parceria , passando a implementar também o Compartilhamento de Dados via Sensedia. Qualidade dos dados No ecossistema do Open Finance, a qualidade das informações compartilhadas é um ponto crítico para garantir a integridade do sistema e atender às exigências regulatórias. Uma delas é o Motor de Qualidade de Dados (MQD) , mecanismo criado pelo Banco Central para monitorar a precisão e consistência das informações compartilhadas no Open Finance. Para estar em conformidade com o MQD, o Inter conta com o Sensedia API Management, combinado ao Sensedia Events Hub , solução de integração assíncrona que assegura que todos os dados compartilhados com outras instituições sejam processados, tratados e reportados corretamente ao regulador. Sempre que há um compartilhamento, as informações passam pela solução antes de serem enviadas ao Banco Central, permitindo que o regulador valide a qualidade dos dados transmitidos para o ecossistema. Esse módulo é essencial para garantir compliance em um ambiente altamente regulado. “O processo nos dá tranquilidade porque garante que todas as informações regulatórias sejam prestadas de forma correta e transparente aos órgãos competentes”, explica Helcio. “A parceria com o Inter comprova como conseguimos ajudar empresas de maneira estratégica, migrando soluções internas para nossas soluções especializadas, e sobretudo como o Open Finance pode ser um motor de eficiência para o setor financeiro. Ao unir tecnologia de ponta com uma visão orientada ao cliente, conseguimos apoiar o banco a cumprir exigências regulatórias com agilidade, ao mesmo tempo em que ampliamos a escala de seus serviços digitais. Esse case de sucesso reforça o papel da Sensedia como parceira de confiança para habilitar jornadas cada vez mais fluidas, seguras e sustentáveis no ecossistema financeiro brasileiro”, destaca Marcílio Oliveira, cofundador e Chief of Growth da Sensedia. Para Gomes, a parceria se consolida como um pilar para a inovação contínua do Inter no cenário do Open Finance. “O próximo passo é que a Sensedia seja nosso fornecedor para todo o fluxo de detentores de conta, consolidando uma stack completa para suportar novas jornadas, como compartilhamento de dados, portabilidade de crédito e outras evoluções regulatórias”, conclui.
- Como IA e Dados Estão Transformando Eventos em Experiências Personalizadas
Eventos nunca foram apenas sobre palestras e coffee breaks. Eles são plataformas de conexão, aprendizado e oportunidade. Mas, na era digital, a expectativa dos participantes mudou. Ninguém quer viver uma experiência genérica. Hoje, o público espera que o evento “fale” diretamente com seus interesses e objetivos. É aqui que entram a inteligência artificial (IA) e a análise de dados: duas forças que estão permitindo jornadas sob medida para cada participante. Do modelo genérico à experiência personalizada Tradicionalmente, eventos foram pensados a partir de um modelo único, voltado para um público médio. Todos recebiam a mesma programação, as mesmas sugestões e o mesmo conteúdo. Isso funcionava até certo ponto. Mas, com a chegada da era dos dados e da hiperconectividade, esse formato começou a perder força. O que vemos agora é uma virada de chave: a lógica deixa de ser “um para muitos” e passa a ser “um para um”. Ferramentas com IA conseguem interpretar dados demográficos, comportamentais e históricos para entregar experiências alinhadas com o perfil de cada participante — antes, durante e depois do evento. A jornada começa na inscrição A personalização não começa no credenciamento, mas bem antes disso. No momento em que o participante se inscreve, a IA já pode agir. Informações como cargo, área de atuação, interesses e histórico de participação alimentam sistemas que ajustam automaticamente a comunicação com ele. Com base nesses dados, a plataforma pode enviar conteúdos introdutórios alinhados ao perfil do inscrito, como artigos, vídeos ou convites para trilhas temáticas. Isso já aumenta o engajamento pré-evento e prepara o terreno para uma experiência mais rica. Durante o evento: inteligência em tempo real No momento em que o evento está acontecendo, a IA opera nos bastidores para tornar a jornada mais fluida e eficiente. Se um participante tem preferência por temas técnicos, o sistema identifica esse padrão e destaca sessões relacionadas. Se outro usuário mostra mais interesse em networking, pode receber sugestões de conexões com perfis similares ou complementares. Essa inteligência também atua no envio de notificações contextuais. Um participante que costuma se atrasar pode receber alertas antecipados. Já quem pulou uma palestra importante pode ser avisado de que o conteúdo estará disponível sob demanda. É como ter um assistente pessoal, silencioso, mas extremamente eficiente. Em eventos híbridos ou digitais, esse nível de personalização ganha ainda mais potência. A interação online gera dados em tempo real: quais vídeos foram assistidos até o fim, onde houve mais engajamento, quais temas provocaram perguntas ou reações. A IA cruza essas informações e adapta a interface e os conteúdos para manter o participante conectado e interessado. Networking com propósito Um dos principais motivos para participar de eventos é fazer conexões. Mas deixar isso ao acaso é ineficiente. Com IA, é possível promover encontros mais relevantes. A tecnologia analisa objetivos profissionais, interesses declarados e até histórico de interações para sugerir conexões estratégicas. Ao invés de circular sem rumo entre participantes, o usuário é direcionado para conversas com real potencial de colaboração, parceria ou troca de conhecimento. Isso aumenta não só o valor percebido do evento, mas também a chance de resultados concretos para os participantes. Após o evento: prolongando a experiência A jornada personalizada não termina quando o evento acaba. Com base no que cada pessoa viveu, é possível manter a conexão com conteúdos relevantes e comunicações alinhadas. Alguém que participou de uma trilha específica pode receber materiais complementares ou convites para eventos semelhantes no futuro. Além disso, o organizador tem acesso a insights preciosos. Os dados acumulados mostram padrões de comportamento, preferências temáticas e pontos de atrito. Com isso, é possível aprimorar a curadoria, ajustar a logística e testar novos formatos — tudo com base em evidências concretas, não em suposições. Vantagens para todos os lados Para o participante, a personalização transforma o evento em algo útil, objetivo e memorável. Ele sente que o tempo investido valeu a pena, que as conexões foram relevantes e que os conteúdos realmente agregaram valor. Para os organizadores, os ganhos são ainda maiores. Eventos personalizados geram mais engajamento, aumentam a taxa de retenção de público e oferecem dados que sustentam decisões estratégicas. Além disso, patrocinadores e expositores também se beneficiam: a IA pode direcionar ativações e mensagens com precisão, aumentando a conversão e o retorno sobre investimento. Privacidade e ética: a base de tudo Claro que toda essa personalização depende do uso intensivo de dados. E isso traz uma responsabilidade enorme. O uso ético dessas informações precisa ser prioridade. É essencial deixar claro ao participante como os dados são usados, garantir que ele tenha controle sobre suas preferências e investir em plataformas seguras e transparentes. Quando feita com responsabilidade, a personalização é bem recebida — porque ela entrega valor real, sem invadir, sem manipular, sem sobrecarregar. O que vem por aí Nos próximos anos, a tendência é que os eventos se tornem ainda mais dinâmicos e responsivos. Com a evolução da IA generativa, será possível adaptar até a linguagem dos conteúdos com base no perfil do público. Ambientes poderão mudar conforme quem está presente. E a interação com assistentes virtuais será cada vez mais natural e eficiente. Eventos vão deixar de ser blocos rígidos e passar a funcionar como ecossistemas vivos, que se moldam em tempo real às necessidades dos participantes. A tecnologia deixará de ser um extra e passará a ser o motor invisível que sustenta toda a experiência.
- Um em cada três negócios recorre a crédito para estoques da Black Friday e Natal
Já estamos no último trimestre do ano e nesse período o mercado de crédito corporativo no Brasil ganha fôlego extra, especialmente o relacionado a empresas de pequeno e médio porte. Isso porque muitas delas aceleram a busca por liquidez para reabastecer estoques e impulsionar as operações até o encerramento do ano fiscal. Estudos mostram que este momento é uma janela importante de movimentação financeira no país, em que as empresas têm recorrido cada vez mais a financiamentos para aproveitar datas estratégicas, como Black Friday e Natal — períodos decisivos para fechar o ano com resultados positivos. De acordo com números da M3 Lending, a procura por financiamentos por parte de pequenas e médias empresas cresceu 30% no quarto trimestre de 2024 em relação à média dos períodos anteriores, em um ritmo que tende a se manter ao longo de 2025. Para atender à essa alta demanda por recursos, fintechs vêm conquistando espaço, oferecendo alternativas mais ágeis e desburocratizadas às empresas que precisam de respostas rápidas quando se fala em crédito, além de taxas de juros mais competitivas em comparação a muitos bancos. Os números do mercado comprovam. A pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2025, realizada pela PwC Brasil e pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), mostra um aumento de 68% no volume de crédito no Brasil em 2025. As empresas que fazem parte da Associação alcançaram R$ 35,5 bilhões, consideravelmente superior ao ano anterior, que foi de R$ 21,1 bilhões. Além disso, o número de clientes pessoa jurídica atendidos pelas fintechs cresceu 67%, com destaque para micro e pequenas empresas, que representam 71,7% da base de clientes PJ. Foi observado também um avanço na presença entre empresas de maior porte, com cerca de 800 clientes com faturamento superior a R$ 300 milhões. Para se ter uma ideia desse movimento, somente a M3 Lending, que atua com crédito para pequenas e médias empresas, liberou mais de R$ 20 milhões em 2024, com destaque para operações de capital de giro. A projeção é disponibilizar R$ 31 milhões em crédito até o final deste ano, sendo R$ 10 milhões apenas no último trimestre.” O CEO enfatiza o aspecto sazonal e estratégico do período: "Outubro é um dos meses mais decisivos para empresas de médio porte que buscam capital de giro. Elas estão se preparando para a alta do consumo no fim do ano e precisam de capital para estocar e manter o caixa saudável. Nosso papel é oferecer crédito descomplicado, em um processo rápido e objetivo, para que elas possam focar na operação e no crescimento”, afirma Gabriel Sousa César, CEO da M3 Lending. Na M3, é possível emprestar até R$ 500 mil de uma única vez. Diferente de um banco convencional, o dinheiro não vem do próprio banco, mas de investidores que aplicam seus recursos na plataforma. Pelo aplicativo, eles analisam as oportunidades disponíveis e escolhem em quais negócios desejam investir. A partir do aporte, passam a ser remunerados conforme as parcelas pagas pelas empresas que receberam o crédito. “As aplicações começam em R$ 250 e estão abertas tanto para pessoas físicas quanto jurídicas”, explica a fintech. E a modalidade deve crescer ainda mais: embora não haja projeções específicas para 2025, é possível observar tendências que podem influenciar o cenário do crédito digital no próximo ano. O Banco Central do Brasil, por meio do Relatório de Política Monetária, projeta uma inflação de 3,6% até o final de 2026, o que pode indicar um ambiente econômico mais estável que favoreça o crescimento do crédito. Com esse horizonte, a M3 Lending projeta chegar a 2029 movimentando R$ 600 milhões em transações. “Com tecnologia e entendimento do motivo para o financiamento, conseguimos oferecer condições de crédito melhores ao cliente, até 50% superiores aos concedidos por instituições financeiras tradicionais”, afirma a companhia.
- XP Inc. registra lucro líquido recorde, e avanço anual de 9% na receita bruta
A XP Inc. (NASDAQ: XP) fechou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado recorde de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual e margem líquida ajustada de 28,5%. Já a receita bruta atingiu R$ 4,9 bilhões no período, avanço de 9% em relação ao 3T24, impulsionada pelo crescimento no segmento de atacado e pela expansão dos segmentos de cross-sell no varejo. O lucro por ação (EPS) avançou 13% em um ano, refletindo a política de recompra e cancelamento de ações, e o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ficou estável na comparação anual em 23%. A companhia encerrou o trimestre com total de ativos de clientes, ativos sob gestão e administração (AuM e AuA) em R$ 1,9 trilhão, crescimento de 16% em relação ao 3T24, impulsionado por uma captação líquida (NNM) de R$ 20 bilhões no varejo. A base de clientes ativos chegou a 4,8 milhões no período, e a rede de profissionais de investimentos totalizou no período 18,2 mil pessoas. O desempenho foi positivamente impactado pela evolução do modelo de servir e pela jornada constante de qualidade, que integra dados, tecnologia e relacionamento humano para oferecer uma experiência verdadeiramente customizada. Por meio de um CRM estratégico, os assessores têm uma visão completa do cliente, incluindo seu perfil de investimento, seu histórico, entre outras informações. Isso possibilita recomendações mais assertivas, melhor alocação e maior eficiência comercial. “2025 tem sido um ano de avanços significativos na nossa agenda de excelência. Estamos evoluindo a forma de atender nossos clientes para, mais uma vez, revolucionar a forma como o brasileiro investe, com proposta de valor centrada em qualidade. Somos a única casa de investimentos agnóstica ao modelo de atendimento, onde o cliente escolhe o formato e a remuneração mais adequada ao seu perfil. Essa evolução já gera impactos concretos na captação líquida, e reforça nossa convicção de que estamos liderando uma nova transformação no mercado financeiro brasileiro. Agradeço aos nossos clientes, colaboradores e investidores pela confiança, que nos permite seguir nessa jornada,” afirma Thiago Maffra, CEO da XP Inc. No varejo, a receita foi de R$3,7 bilhões, alta de 6% frente ao terceiro trimestre do ano passado, com destaque para outras receitas e novas verticais. O cross-sell teve forte desempenho, com avanço anual de 21% na receita de seguros, 24% em previdência e 11% em crédito. A XP Inc. também viu o avanço na adoção do modelo fee fixo no trimestre, que atingiu 21% dos ativos de clientes do varejo. Esses resultados reforçam a estratégia bem-sucedida da companhia de ser agnóstica ao modelo de remuneração, oferecendo liberdade para que cada cliente escolha como quer ser atendido e como deseja remunerar esse serviço, fortalecendo a relação de confiança e transparência. O Banco de Atacado registrou receita de R$ 729 milhões no terceiro trimestre, crescimento expressivo de 32% na comparação anual, com melhora em Corporate & Issuer Services. A XP Inc. manteve a liderança em broker dealer, com 17% de market share, e ocupou a quarta posição em distribuição de Renda Fixa, impactada por uma melhor dinâmica de mercado ao longo do terceiro trimestre. A XP Inc. fechou o trimestre com forte disciplina na gestão de capital, com índice de Basileia em 21,2%. “Os resultados do trimestre reforçam a consistência do nosso modelo e a disciplina na gestão de capital. Seguimos crescendo com rentabilidade e eficiência, mantendo indicadores sólidos e capacidade de investimento para sustentar o nosso ritmo de evolução,” afirma Victor Mansur, CFO da XP Inc. Para os próximos trimestres, a XP Inc. projeta manter o ritmo de crescimento apoiada na agenda de excelência, digitalização e na eficiência operacional, com maior adoção de CRM e evolução do modelo de atendimento, que já demonstra impacto positivo na captação líquida. A companhia também seguirá diversificando suas fontes de receita. Com uma base sólida e gestão de capital robusta, a XP Inc. está preparada para sustentar inovação e rentabilidade em um cenário dinâmico.
- Brasil entra em nova fase da inteligência financeira com integração de dados e uso ampliado de IA
O Brasil vive um momento de inflexão em seu sistema de inteligência financeira. A combinação de transformações tecnológicas, o aumento expressivo de transações digitais e novas exigências regulatórias vem redesenhando as bases de prevenção à lavagem de dinheiro (PLD) no país. Especialistas apontam que a próxima etapa, já em curso, será marcada pela integração de dados entre bancos, fintechs, órgãos públicos e provedores de dados privados — e pela adoção da inteligência artificial para melhorar modelos, automatizar processos e ganhar eficiência nos processos de PLD. Segundo dados mais recentes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) , foram produzidos 18.762 relatórios de inteligência financeira (RIFs) em 2024 , um aumento de 335,9% em relação a 2015. O número de comunicações de operações suspeitas ultrapassou 7,5 milhões , revelando a dimensão da vigilância financeira e o desafio de processar, com eficiência, o enorme volume de informações que chegam diariamente ao sistema. Embora o crescimento das comunicações indiquem uma maior sensibilidade das instituições para identificar movimentações atípicas, os especialistas alertam para o risco de sobrecarga operacional. Sem automação e interoperabilidade, o excesso de dados pode gerar falsos positivos e atrasar a identificação de ilícitos relevantes. “O desafio não é apenas captar dados, mas assegurar a sua qualidade e transformá-los em inteligência útil e tempestiva”, avalia Alexander Fürst , fundador da Cerberus , empresa especializada em soluções de compliance e monitoramento. A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) , que reúne cerca de 90 órgãos públicos, também vem atualizando as suas diretrizes. Entre as prioridades para 2026 estão o fortalecimento dos controles sobre fraudes eletrônicas, a interoperabilidade de sistemas e o incentivo à adoção de tecnologias emergentes, como IA e machine learning . Essas medidas buscam dar resposta à complexidade das novas estruturas criminosas, que utilizam múltiplas camadas de transações e plataformas digitais para mascarar fluxos de recursos. A aplicação de inteligência artificial desponta como o principal eixo de modernização. Por exemplo, modelos de machine learning permitem identificar redes ocultas e padrões atípicos de movimentação financeira com maior precisão. Experiências internacionais, inclusive de órgãos ligados ao GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional) , mostram que algoritmos supervisionados podem reduzir significativamente o tempo de detecção de operações suspeitas. O desafio, no entanto, está em adaptar essas ferramentas ao arcabouço regulatório brasileiro e às estruturas de fintechs e instituições menores, preservando a privacidade e garantindo auditoria sobre os resultados. Outro ponto de atenção é a interoperabilidade entre bases de dados públicas e privadas . Sistemas como o SIMBA , o INFOJUD e o Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro (CCS) ainda operam de forma fragmentada. A ausência de padrões comuns limita o cruzamento automático de informações e dificulta a consolidação de relatórios integrados. “A cooperação entre instituições financeiras e autoridades precisa ser contínua, técnica e segura. O futuro do compliance está na padronização de dados e na troca tempestiva e segura”, destaca Fürst. O Banco Central e o Coaf , que hoje atuam com autonomia técnica e operacional, vêm reforçando exigências de governança e de controle de riscos. Entre as frentes em discussão está a criação de diretrizes específicas para o uso ético de algoritmos no monitoramento de transações, alinhando o país às recomendações internacionais do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) . O tema também integra a pauta da Enccla para 2026, que prevê a inclusão de métricas de eficiência e indicadores de interoperabilidade nos programas de prevenção. Para as empresas que desenvolvem soluções tecnológicas de compliance, o cenário representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. “O setor privado tem papel essencial na construção dessa nova infraestrutura”, afirma Fürst. Segundo ele, a tendência é que, em 2026, o mercado passe a adotar mais plataformas integradas de monitoramento, com módulos de IA, dashboards preditivos e com capacidade de adaptação imediata às mudanças normativas. A consolidação dessa nova etapa dependerá da coordenação entre tecnologia, governança e cooperação institucional. O êxito não será medido apenas pela quantidade de relatórios produzidos, mas pela sua qualidade, a efetividade das análises e pela agilidade na resposta a sinais de irregularidade. Em 2026, o sistema financeiro brasileiro deve alcançar um novo patamar de maturidade, no qual a informação, tecnologia e regulação convergem para formar uma rede de inteligência financeira mais precisa, eficiente e transparente — base indispensável para a integridade do mercado e para a confiança dos investidores.
- Banco Central aperta regras para fintechs e amplia combate à lavagem de dinheiro
O Banco Central (BC) anunciou novas medidas para reforçar o combate à lavagem de dinheiro no sistema financeiro, com foco nas fintechs que operam contas em bancos tradicionais em nome de terceiros. A resolução, que entra em vigor em 1º de dezembro de 2025, determina que as instituições identifiquem e encerrem as chamadas “contas-bolsão” — usadas por algumas empresas para movimentar recursos de diversos clientes de forma pouco rastreável. O objetivo é conter esquemas como o descoberto pela operação Carbono Oculto, que revelou movimentações de cerca de R$ 46 bilhões em cinco anos por uma fintech ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), através de uma dessas contas em uma instituição financeira de maior porte. De acordo com o advogado criminal Rafael Junior Soares, as mudanças representam um avanço importante no controle de fluxos financeiros ilícitos. “Organizações criminosas vinham se aproveitando da estrutura flexível dessas instituições para movimentar recursos com baixa rastreabilidade. A nova regulamentação exige mais transparência societária e operacional, dificultando a ocultação de beneficiários finais e a fragmentação de valores, práticas comuns na lavagem de dinheiro”, explica o especialista. A partir de dezembro, bancos e fintechs deverão encerrar contas identificadas como irregulares e comunicar imediatamente o fato ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e às autoridades competentes. Segundo Soares, essa medida fortalece a capacidade investigativa do Estado: “Quando uma fintech comunica e encerra uma conta usada de forma ilícita, essa informação pode servir de ponto de partida para investigações criminais. Gestores que se omitirem ou participarem ativamente dessas operações podem responder por lavagem de dinheiro e outros crimes.” Além do fechamento das contas-bolsão, o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também determinaram novos critérios de capital mínimo para instituições financeiras e corretoras, com entrada em vigor plena a partir de janeiro de 2028. As regras estabelecem que empresas que desejem usar o termo “banco” em sua marca precisarão manter uma parcela adicional de capital, reforçando a solidez e a responsabilidade das operações. Para o advogado, o endurecimento regulatório é necessário, mas não suficiente: “A regulação é um passo decisivo, mas o combate efetivo à lavagem de dinheiro depende de integração entre COAF, Receita Federal, Polícia e Ministério Público, além do uso de tecnologias de rastreamento em tempo real e da cooperação internacional. Também é essencial fortalecer a inteligência financeira e criar unidades especializadas em crimes digitais, capazes de atuar nesse novo cenário de operações financeiras descentralizadas”, conclui Soares. Com as mudanças, o sistema financeiro brasileiro tenta se preparar para um ambiente de maior transparência e segurança, reduzindo brechas usadas por organizações criminosas para lavar e circular recursos dentro de estruturas digitais cada vez mais sofisticadas.
- Com cinco anos de operação, Pix é ferramenta preferida dos brasileiros
Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) consolidam o que todos já sabem: o Pix é o meio de pagamento mais utilizado entre os brasileiros. Foram 63,8 bilhões de transações somente em 2024, crescimento de 52% ante os 41,9 bilhões em 2023. As transações via Pix superaram as de cartão de crédito, débito, boleto, TED, cartão pré-pago e cheques no Brasil, ajá s quais, juntas, totalizaram 50,8 bilhões. Ao completar cinco anos, o Pix se consolida como a mais bem-sucedida iniciativa de pagamentos instantâneos do país, superando expectativas regulatórias e reposicionando a dinâmica competitiva do setor financeiro. Criado e regulado pelo Banco Central por meio da Resolução BCB nº 1/2020 e de um conjunto robusto de manuais e normas, o sistema nasceu com uma arquitetura regulatória que permitiu sua rápida expansão e evolução funcional. Segundo Thiago Amaral , sócio da área de Meios de Pagamento e Fintechs do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) , o Pix ganhou em cinco anos a maturidade de uma infraestrutura central do sistema de pagamentos. “Ele incorporou funcionalidades que não estavam previstas no desenho original, como Pix Agendado, Pix Automático e Pix por Aproximação”, comenta. Ele destaca que essa evolução exigiu ajustes contínuos, especialmente para reforçar pilares de segurança diante do aumento das fraudes. Desde o lançamento, o Pix foi apontado como instrumento de competição – e entregou além do esperado. A gratuidade para pessoas físicas, a instantaneidade e a ampla obrigatoriedade para instituições com mais de 500 mil contas ativas aceleraram a migração de usuários e ampliaram a disputa por contas transacionais. "A combinação de participação ampla e custo muito baixo transformou o Pix no meio de pagamento principal de milhões de brasileiros e abriu espaço para inovações em e-commerce, varejo e serviços recorrentes”, explica o especialista. PIX e segurança Jurídica O Banco Central aprimorou o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criou regras para marcação de chaves suspeitas, combate a contas laranja e padronizou procedimentos de bloqueio cautelar. O Direito Bancário e o Judiciário caminharam na mesma direção: o STJ mantém a responsabilidade objetiva dos bancos quando há falha no serviço, mas reconhece exceções quando há culpa exclusiva do consumidor. “O MED é importante e agiliza a devolução em casos de fraude, mas ele não substitui o direito do cliente de pleitear o ressarcimento na Justiça quando a operação não se enquadra nas hipóteses do mecanismo”, reforça Thiago. No campo fiscal, a principal integração ocorreu com a e-Financeira, pela qual as instituições passaram a reportar valores globais movimentados via Pix, sem detalhamento de cada transação. “Isso ampliou a rastreabilidade e ajudou a identificar divergências relevantes entre movimentação e renda declarada, sem criar novos tributos nem transformar o uso intenso do Pix em presunção automática de sonegação”, aponta. Próximos passos Ainda de acordo com o especialista, a internacionalização do Pix segue em fase de estudos, com o Banco Central participando de iniciativas de interoperabilidade global. “Os desafios envolvem harmonização cambial, regras de prevenção à lavagem de dinheiro e padrões de responsabilidade civil entre países”, destaca o advogado. Já a chegada do chamado Pix Crédito deve inaugurar uma nova etapa: crédito instantâneo acoplado ao Pix, com regulamentação específica para juros, encargos, transparência, portabilidade e proteção ao consumidor. Cinco anos após o lançamento, o Pix não só cumpriu sua promessa como remodelou o sistema financeiro, impulsionando inovação, competição e inclusão digital, além de permanecer como uma plataforma em constante evolução dentro da agenda regulatória do país.
- Estratégias para o Crescimento Sustentável de uma Fintech: Segurança, Disponibilidade, Privacidade e Inclusão
As tecnologias digitais, que vem sendo adotadas aceleradamente, mudaram o relacionamento entre as fintechs e seus clientes. O atendimento se tornou mais impessoal a ponto de não existir mais a figura do gerente de relacionamento. Os canais de acesso se tornaram mais restritos a ponto de ser muito difícil se falar com uma pessoa. Em troca de custos menores os usuários passaram a exigir mais das fintechs, o que pode ser resumido em 4 pilares: segurança, disponibilidade, privacidade e inclusão. Segurança: Proatividade e Conformidade com a Regulamentação A segurança é uma daquelas demandas que vem no topo da lista em grau de importância em relação às fintechs. Quem não espera que seus recursos estejam protegidos contra as fraudes, vulnerabilidades e acessos por fraudadores? Também é importante saber que a empresa está agindo proativamente contra as novas fraudes que vem aparecendo (como as deepfakes, fraudes por IA) e não fica esperando algo acontecer para agir. Às vezes, até criar um pouco de fricção passa a imagem de que a empresa está cuidando da segurança (mesmo que isso signifique um segundo a mais acessar). Só não se pode exagerar na dose (aquelas paradas com a desculpa de que “estamos aumentando a sua segurança”), sob o risco de cair em descrédito. O tema da segurança está bastante em voga na imprensa, com um crescimento muito grande na quantidade de fraudes e não dá para se arriscar, principalmente sabendo-se que as empresas menores em geral têm uma percepção de “menos seguras” que as grandes. Sabemos que custo é uma preocupação, mas gosto do conceito de “segurança suficiente” para cada tipo de jornada. Disponibilidade: Escalabilidade e Resiliência Operacional Funcionamento 24 x 7 , sem paradas a qualquer hora, em qualquer lugar (até mesmo em movimento, no carro , no ônibus, dentro e fora do escritório faça sol ou faça chuva). A infraestrutura das fintechs tem que prever a capacidade de escalar rápido (isso é uma realidade no mundo em que trabalho o da biometria, onde é comum admitir 20.000 usuários de um dia para outro). A infraestrutura deve absorver picos de uso sem comprometer a experiência do usuário. O usuário não está interessado em saber se você trabalha com parceiros para a sua infraestrutura (ex. parceiros de biometria, checagem de informações, análise de documentos) desde que eles sigam o mesmo padrão de escalabilidade, segurança e responsabilidade. Privacidade: Governança de Dados e LGPD Cuidar bem dos dados dos seus clientes é obrigação, a fintech deve garantir que os dados sejam tratados de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados e estar preparada para responder a solicitações de ações que são direito dos clientes (tais como solicitar a exclusão de seus dados, correção de informações e acesso) Quando se trata de informação pessoal, mais é menos, evitando pedir dados que não são relevantes para cada jornada. Inclusão: Acessibilidade e Diversidade Tecnológica Por último, a inclusão digital deve ser uma prioridade para qual as empresas felizmente já estão acordando. Recentemente estive no evento CMS Financial Innovation 2025 e assisti a um painel em que esse assunto foi discutido. Como tratar dos clientes que, por algum motivo são excluídos dos processos digitais. A conversa foi desde a biometria facial que não funciona bem com determinadas etnias (ex. asiáticas, afrodescendentes), passando pelos deficientes visuais, deficiências na face, idosos que usam óculos e pessoas que possuem smartphones bem simples. Uma das alternativas é oferecer opções de autenticação diferentes (ex. impressão digital, voz, íris) além de interfaces mais bem pensadas para cada público e compatíveis com celulares mais simples. Inclusão não é perfumaria, é expandir o mercado, agradar e fidelizar clientes!
- Criptoativos entram em nova era! Regulação do BC deve provocar consolidação e abrir espaço para empresas de tecnologia
A regulamentação do mercado de ativos virtuais, publicada pelo Banco Central nesta semana, promete mudar radicalmente o cenário das criptomoedas no Brasil. As Resoluções 519, 520 e 521, divulgadas em 11 de novembro, criam um marco regulatório para as Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs) — que incluem intermediárias, custodiantes e corretoras — e impõem regras relacionadas à segurança, governança e prevenção à lavagem de dinheiro. De acordo com Thiago Amaral , sócio da área de Meios de Pagamento, Fintechs e Criptoativos do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) , o conjunto de normas marca o início de uma fase de consolidação no mercado de criptoativos. “A tendência é que vejamos um movimento de concentração, com a saída de empresas menores que não conseguirão atender às exigências regulatórias. Por outro lado, é um momento de grande oportunidade para quem souber se estruturar. O Banco Central está exigindo padrões muito mais altos de segurança cibernética, rastreabilidade e segregação de recursos”, afirma Amaral. As novas regras tratam desde a estrutura de capital e governança das SPSAVs até a obrigatoriedade de testes de vulnerabilidade, segregação dos recursos dos clientes, e adoção de políticas internas robustas contra fraudes e lavagem de dinheiro. A norma também exige autorização prévia do Banco Central para início de operação daquelas que começarem a operar a partir de fevereiro de 2026 e concede 270 dias de prazo para que empresas já atuantes se adequem e ingressem com o pedido de forma faseada. “O Banco Central deixou claro que quer fiscalizar as PSAVs como fiscaliza outras instituições autorizadas. Elas passam agora a ter de seguir regras equivalentes às do sistema financeiro tradicional, adaptadas à realidade dos criptoativos”, explica Amaral. “Quem ainda não começou a se organizar ainda está em tempo, mas o relógio já começou a correr. O BC foi criterioso, mas o processo de autorização é conhecido, seguindo um rito muito semelhante ao das instituições de pagamento. É possível se adequar, com planejamento e suporte jurídico adequado.” Regulação traz mais segurança, mas também barreiras técnicas Para Verônica Marins , advogada da área de Meios de Pagamento, Fintechs e Criptoativos do BTLAW , o objetivo da norma é claro: trazer estabilidade e transparência para um mercado que cresceu rapidamente e ainda operava em ambiente de incerteza. “O regulador busca aumentar a confiança dos usuários e mitigar riscos. As novas exigências de capital mínimo, governança e controle operacional seguem o mesmo rigor aplicado às instituições de pagamento”, explica. Ela destaca que as regras estabelecem que as SPSAVs devem atender aos requisitos mínimos de capital e de patrimônio previstos na regulamentação, , ter no mínimo três diretores estatutários, sede física obrigatória (coworkings são vedados salvo para conglomerado) e segregação dos recursos dos clientes. “Essas exigências vão elevar o padrão do mercado, mas inevitavelmente também vão limitar a atuação de players menores”, complementa Marins. Oportunidade para o ecossistema de tecnologia e compliance Um dos efeitos imediatos da regulação será a expansão da demanda por soluções tecnológicas especializadas, principalmente nas áreas de segurança cibernética, prevenção à lavagem de dinheiro, governança digital e armazenamento em nuvem. “O BC quer garantir que eventos de invasão e perdas de criptoativos não voltem a ocorrer. As SPSAVs terão de realizar testes periódicos de vulnerabilidade e adotar ferramentas de rastreabilidade mais sofisticadas — muitas delas ainda não disponíveis no mercado brasileiro”, afirma Amaral. Segundo ele, essa iniciativa abre um enorme campo de atuação para empresas de tecnologia que prestam serviços de infraestrutura, cibersegurança, auditoria e compliance regulatório. Stablecoins e restrições adicionais Outro ponto relevante é o tratamento das stablecoins, ativos digitais com paridade em moeda fiduciária, como dólar ou euro. A nova norma equipara o pagamento em stablecoin ao envio de remessa cambial, sujeitando-o às regras do mercado de câmbio. “O Banco Central foi claro ao vedar a emissão de stablecoins lastreadas em commodities, como ouro, o que já é prática comum em outras jurisdições. Essa é uma escolha regulatória que busca reduzir o risco, mas que pode restringir parte do mercado”, explica Amaral. Ambiente mais regulado, mas com espaço para inovação Apesar das novas barreiras, os advogados do BTLAW avaliam que o faseamento das normas foi um sinal positivo do regulador. Além disso, de acordo com o especialista, esse modelo traz mais segurança para o mercado, porque quem está comprando passa a ter acesso a informações detalhadas sobre o tipo de ativo virtual. “O modelo garante transparência e rastreabilidade, ou seja, o comprador sabe de onde veio o ativo, qual é o seu lastro e tem mais confiança na transação”, explica Thiago Amaral. “O Banco Central deu tempo para adaptação e manteve a previsibilidade do processo. Quem se antecipar e buscar adequação técnica e jurídica agora, sairá na frente quando o mercado consolidar”, conclui.














