Apesar do Open Finance já ser uma realidade no Brasil, 60% dos brasileiros ainda não têm conhecimento sobre esse sistema financeiro, como mostra levantamento realizado pela Provu, fintech especializada em meios de pagamento e crédito pessoal - 32% dos respondentes disseram já ter ouvido falar, mas não sabem o que é, enquanto 28,1% não sabem ou nunca ouviram falar sobre o tema. A diferença é ainda maior quando o assunto é Open Banking: 84,5% disseram desconhecer do que se trata. Esse levantamento contou com mais de dois mil e seiscentos entrevistados.
O Open Finance, ou sistema financeiro aberto, foi criado para compartilhar informações dos clientes entre instituições financeiras de um jeito mais fácil e integrado, mediante o seu consentimento. É uma evolução do Open Banking, quando esse compartilhamento de dados era apenas entre bancos. O Open Finance nasceu com a intenção de abranger todas as outras instituições financeiras, como as fintechs, e ocorre sob regulação e supervisão do Banco Central, através de uma plataforma tecnológica e segura. A ideia é trazer um sistema que estimule a competitividade entre instituições financeiras, com a geração de serviços financeiros mais baratos e melhores.
Dos entrevistados que disseram saber o que é Open Finance ou Open Banking, 83,8% acham benéfico aderi-lo. Desses, 48,5% consideram que este sistema apresenta produtos financeiros que são melhor recomendados para as suas necessidades, 29,3% viram vantagem nas menores taxas na contratação de serviços financeiros, e 22,2% acreditam que através desse sistema conseguirão ter mais autonomia dos seus dados financeiros e com quem compartilham.
Já entre os 16,2% que não acham benéfico aderir ao sistema, 38,8% não se sentem seguros com o serviço, outros 33,9% não veem vantagens no momento, 13,8% revelam não confiar em instituições financeiras e 12,5% dizem que ainda há poucas informações disponíveis.
Também para os que disseram saber o que é Open Finance e/ou Open Banking, a Provu perguntou se saber que o sistema tem a supervisão do Banco Central trazia mais segurança para usá-lo, ao que 89,2% dos respondentes afirmaram que sim, ante 10,8% que disseram não. No entanto, quando perguntados se ter acesso a crédito com melhores preços, taxas e limites era um motivador para aderir ao Open Finance, 94% disseram que sim, contra somente 6% que negaram.
Quanto à adesão ao sistema, 46.1% disseram já ter adotado, enquanto 33.5% pretendem incorporá-lo e 20.4% responderam não ter interesse.
“O Open Finance permite que as instituições financeiras tenham mais informações do histórico de comportamento do cliente e, portanto, ainda mais capacidade de estender crédito com melhores taxas e maiores chances de aprovação. É um excelente avanço especialmente para fintechs e, claro, para os consumidores brasileiros, que irão desfrutar de serviços mais justos e personalizados para suas realidades”, diz Marcelo Ramalho, CEO da Provu.
De acordo com projeção da Serasa Experian, o Open Finance pode colaborar na inclusão de 4,6 milhões de pessoas no mercado de crédito, com a injeção de R$ 94 bilhões de crédito para pessoas físicas em 5 anos. Segundo o Banco Central, o sistema já conta com mais de 4 milhões de usuários e 250 milhões de chamadas de API por semana, representando o maior volume do mundo.
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